SACO VAZIO
Chega, sem palavras. Atira a um canto as chinelas de calcanhares rotos.
A baladeira é pendurada num gancho, o bornal vazio ao chão...
Coça a cabeça, olho fixo na palha do teto...
Uma mulher atiça o fogo e mexe uns caroços de feijão no fundo da panela com água e sal.
Cruzam-se os olhares...
O silêncio é quebrado:
–– Seu Manezim mata porco amanhã, mãe.
–– Então vá ajudar, meu filho. Quem sabe, não lhe dá as tripas.