Fora do ritmo
Se ele fazia rápido demais, ela não tinha prazer; se fazia devagar demais, ela se entediava.
— Poxa, é tão difícil assim? Temos de gozar juntos — ela dizia.
Mas ele não conseguia, ensaiava longas horas sozinho no banheiro, chegou até a cronometrar uma vez quanto tempo ela demorava para chegar ao orgasmo: dezesseis minutos e uns quarenta segundos.
Tudo que ele precisava era conseguir atingir esta marca.
Sem sucesso.
Então, um dia, resolveu tirar a prova dos nove. Ligou pra uma puta e, na hora do almoço, levou-a para um motel. Transaram uma, duas, três vezes, e em todas ela tinha orgasmo.
— Você sempre goza? — ele perguntou pra puta.
— Desde que você pague.
Naquela noite, ele liberou o cartão de crédito para a mulher, depois disto, sempre gozaram juntos.