AMOR E REJEIÇÃO
Ela. Ela e nada mais. Linda. Morena brasileira. Beleza da raça. Amor de pessoa. Um vulcão represado por eras que, repentinamente, resolveu entrar em erupção. E Eros sorriu radiante, diante da bela morena que se abria para o amor. E naquele dia aquele corpo virgem de Keli experimentou tremores intensos e arrepios constantes. E o desejo assomou o seu corpo de uma maneira que se fazia incontrolável. Do outro lado dessa experiência estava um homem misterioso. Alguém especial cujo maior mérito tinha sido destravar o amor que estava represado naquele corpo jovem. Ela, porém, tinha perguntas. Sentia-se a mulher mais amada do mundo. A garota mais valorizada. Mas, tinha perguntas. Não bastava saber que aquele homem a amava. Não era suficiente reconhecer que ele era belo, inteligente, elegante, romântico e carinhoso. Além do mais, ela não se contentava com o fato de ter sido ele, aquele que alcançara o ímo do seu coração, tocando o ponto G de sua sensibilidade de mulher. Era com ele, somente com ele, que ela se sentia verdadeiramente mulher. E naquele dia ela experimentou as sensações suaves e sensuais de todas as possibilidades que a atenção e o carinho de um homem afetuoso poderiam lhe proporcionar. E seu coração e sua mente e seu corpo se abriram para a sua primeira experiência sexual profunda. Mas o homem que a amava não poderia atender seus apelos reais naquela noite. Então, por obra de mecanismos nem sempre reconhecidos, mas que acontecem na psiquê humana, ela se sentiu rejeitada. Foi céu e inferno no mesmo dia. E ela se trancou de novo em seu mundinho interior. Ele, porém, não desistiu. A mesma chave que fora usada para abrir aquela porta, poderá ser usada mais uma vez...