O bilhete da Bel

A pequena Bel tinha sete anos de idade e toda noite antes de dormir ficava da janela do quarto convidando a amiga lua para passearem entre as estrelas. Daí, saíam as duas de mãos dadas voando entre as estrelas e procurando a mais brilhante. Quando a encontrava, Bel voltava para seu quarto voando como uma fada, com a mais bela estrela da noite nas mãos e colava na folha do seu caderno.

Bel, antes de dormir, agradecia a Papai do céu por ter conseguido encontrar a estrela mais linda daquela noite.Bel deitava, dormia, tinha um sono de princesa e neste momento ela tinha sonhos lindos.Sonhava contando várias estorinhas para os amiguinhos, mas ao acordar pela manhã, a pequena Bel ao abrir o caderno descobria que aquela bela estrelinha, tinha se transformado numa palavra colorida.

Então Bel toda sorridente, pega sua mochilinha para ir à escola com a mãe e no caminho ia cantarolando, jogando aquelas belas tranças para um lado e para o outro. De vez em quando, ia pulando amarelinha quase que caindo, recebia até uma repreensão da mãe.

Ao chegar na sala de aula, começava a contar para as amigas que voou com a lua no meio das estrelas e teve sonhos lindíssimos e todos ficavam encantados com o relato da pequena Bel.

E o dia da pequena Bel na escola foi assim, sempre sorridente e com aquela alegria contagiante de sempre. O melhor de tudo é que todos paravam para ouvir suas estórias.

Após as aulas, a mãe que foi buscá-la, via a felicidade de sua filha que voltava para casa com mais alegria ainda, jogando suas belas tranças para um lado e para o outro.

Foi assim, à tarde toda, sorrindo, brincando e esperando a noite chegar para encontrar a amiga lua e passearem pelo céu à procura da mais brilhante estrela.

E assim que chegou a noite, estava lá Bel na janela do quarto esperando a amiga lua chegar e muita inquieta ficava andando para um lado e para outro, pois a amiga lua estava demorando e de vez em quando olhava a palavra colorida que estava no caderno.A amiga lua chegou e foram as duas de mãos dadas procurarem a estrela mais brilhante daquela noite. Logo encontraram, ficaram Bel, a lua e a estrela brincando de esconde-esconde e quando já muito cansada, Bel pegou a estrela e voltou para casa e colou no seu caderno. Agradeceu a Papai do céu por ter encontrado naquele dia a estrela mais brilhante daquela noite. A linda menina dormiu e durante o sono teve lindo sonhos.

Lá vai Bel de novo para escola com sua mãe, sua mochilinha nas costas, cantarolando, jogando suas belas tranças para um lado e para o outro e não esquecia de pular amarelinha quase que tropeçando e caindo.

Ao chegar, todos já esperavam Bel contar as suas travessuras com as amigas lua e a estrela mais bela da noite.Seus amiguinhos se esbaldavam de rir com aquelas belas aventuras...

E assim foram por vários dias. Numa bela noite, Bel estava na janela esperando a amiga lua para irem procurar a estrela mais brilhante daquela noite. Só que ao olhar para o céu, as estrelas tinham se transformado em folhas de papel. Daí, bateu a ansiedade para ler logo o que estava escrito. Só que amiga lua chegou acompanhada da mais brilhante de todas as estrelas. Então, foram as três voando ao céu e em cada papel que encontraram tinham lindos versos escritos com as cores do arco-íris.

E depois de passarem a noite toda lendo versos, formando algumas poesias e brincando com as palavras coloridas, Bel colou esta última estrela na folha de caderno.

Mais uma vez, a pequena Bel dormiu, um sono de princesa e durante o sono sonhou declamando lindos versos do poeta para seus amiguinhos da escola.

O melhor de tudo foi quando Bel acordou. Abriu o caderno e as palavras tinham formado um belo bilhete de amor para o poeta que ela conheceu entre as estrelas e o admirou.

Antônio Cazumba 20/08/2018 18:02hrs

Antônio Cazumbá
Enviado por Antônio Cazumbá em 04/05/2019
Código do texto: T6638826
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.