Uma nova avó, no meio da floresta
Era uma vez uma floresta. Ou não?
Era uma vez um lobo. Ou não?
Era uma vez uma menina. Ou não?
Hum...
Era uma vez uma floresta onde morava um lobo. E uma menina muito intrometida queria atravessar essa floresta para levar um relógio para sua avó.
Isso sim é um bom começo de história...
Pela estrada afora, lá ia uma menina – que por acaso não usava chapeuzinho nenhum – de jeans, camiseta branca básica e tênis, pedalando sua bike. Levava no bolsinho da calça o relógio que a avó havia pedido.
No meio do caminho ela encontrou um homenzinho franzino, de óculos, que estava olhando, muito concentrado para uma pedra e repetia baixinho “tem uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tem uma pedra....”. A menina, que com certeza não era lá muito amante de literatura, achou o velhinho muito estranho e já ia pedalando em frente quando percebeu que encostado numa árvore ali bem perto estava um lobo, lendo um livro. Achou muito curioso, e notou que o título do livro era Poesias reunidas.
Trilha pra cá, trilha pra lá, cipó pendurado, flamboyant e muita grama pelo chão, a bike ia logo chegando à casa da vovó.
Toc, toc, toc.
- Pode entrar, dizia uma voz rouca e desafinada.
- Lá vou eu, vovó – disse a menina rompendo a porta com a bike e tudo. Opa, vovó... por que essa voz tão rouca? Por que esses olhos tão esbugalhados? Por que esse nariz tão grande? Por que essa boca enorme?
- Não encha a paciência, Rosalinda. Você vive querendo se meter na vida dos outros, na história dos outros, principalmente. Me dê logo o relógio que eu pedi. Preciso marcar a hora certa de tomar os meus remédios! Deixe a cesta em cima da mesa e vá ver se encontra alguns porquinhos e anõezinhos pra brincar, porque eu ando sem paciência nenhuma. E vê se sai da frente da televisão! Vai, menina, vai.
Já não se fazem mais florestas, nem lobos, nem meninas, nem avós como antigamente, com certeza.
Era uma vez uma floresta. Ou não?
Era uma vez um lobo. Ou não?
Era uma vez uma menina. Ou não?
Hum...
Era uma vez uma floresta onde morava um lobo. E uma menina muito intrometida queria atravessar essa floresta para levar um relógio para sua avó.
Isso sim é um bom começo de história...
Pela estrada afora, lá ia uma menina – que por acaso não usava chapeuzinho nenhum – de jeans, camiseta branca básica e tênis, pedalando sua bike. Levava no bolsinho da calça o relógio que a avó havia pedido.
No meio do caminho ela encontrou um homenzinho franzino, de óculos, que estava olhando, muito concentrado para uma pedra e repetia baixinho “tem uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tem uma pedra....”. A menina, que com certeza não era lá muito amante de literatura, achou o velhinho muito estranho e já ia pedalando em frente quando percebeu que encostado numa árvore ali bem perto estava um lobo, lendo um livro. Achou muito curioso, e notou que o título do livro era Poesias reunidas.
Trilha pra cá, trilha pra lá, cipó pendurado, flamboyant e muita grama pelo chão, a bike ia logo chegando à casa da vovó.
Toc, toc, toc.
- Pode entrar, dizia uma voz rouca e desafinada.
- Lá vou eu, vovó – disse a menina rompendo a porta com a bike e tudo. Opa, vovó... por que essa voz tão rouca? Por que esses olhos tão esbugalhados? Por que esse nariz tão grande? Por que essa boca enorme?
- Não encha a paciência, Rosalinda. Você vive querendo se meter na vida dos outros, na história dos outros, principalmente. Me dê logo o relógio que eu pedi. Preciso marcar a hora certa de tomar os meus remédios! Deixe a cesta em cima da mesa e vá ver se encontra alguns porquinhos e anõezinhos pra brincar, porque eu ando sem paciência nenhuma. E vê se sai da frente da televisão! Vai, menina, vai.
Já não se fazem mais florestas, nem lobos, nem meninas, nem avós como antigamente, com certeza.