O menino e o sapo
A mãe, sentada numa cadeira, olha a rua com a água suja da enxurrada; o menino, de uns dois anos, desce a calçada e pega um graveto. É um bom menino. Foi ensinado a não pegar em coisas do chão.
_ Eu pego, mãe; eu pego o graveto_ mas já está com o objeto nas mãos.
Com um sorriso único materno ela o repreende para deixar o graveto no chão.
_ Eu quero o graveto, mãe...
Mas a mãe acode:
_ Venha, sente aqui nas pernas da mamãe!
O menino alcança prontamente os braços carinhos.
Dois minutos depois o menino desce do colo e já está embaixo da calçada outra vez. A mãe vai lá.
De repente ela salta com um grito:
_ Cuidado, meu filho! Tem um sapo aí....
_ Não! Eu quero o sapo _ E fazendo cara de birra _ Deixe eu ver o sapo.
O menino, ao contrário da mãe, olha para a lama que escorre abaixo da calçada acha o sapo a coisa mais linda do mundo.
Daí a pouco, quer pegá-lo e se abaixa com esse intuito.
Não resta outra coisa: o sapo dá um pulo e o menino grita assustado.
- Ui, o sapo!
Ergue os bracinhos e se deixa ficar na proteção da mãe. É uma criança em tempo de descobertas, por isso repousando um dos bracinhos no pescoço da mãe, pede:
_ Pega ele, mãe!...
Com sinceridade, a mãe faz o melhor quando entra em casa.
Para o menino Luigi - meu vizinho.