O menino e o sapo

A mãe, sentada numa cadeira, olha a rua com a água suja da enxurrada; o menino, de uns dois anos, desce a calçada e pega um graveto. É um bom menino. Foi ensinado a não pegar em coisas do chão.

_ Eu pego, mãe; eu pego o graveto_ mas já está com o objeto nas mãos.

Com um sorriso único materno ela o repreende para deixar o graveto no chão.

_ Eu quero o graveto, mãe...

Mas a mãe acode:

_ Venha, sente aqui nas pernas da mamãe!

O menino alcança prontamente os braços carinhos.

Dois minutos depois o menino desce do colo e já está embaixo da calçada outra vez. A mãe vai lá.

De repente ela salta com um grito:

_ Cuidado, meu filho! Tem um sapo aí....

_ Não! Eu quero o sapo _ E fazendo cara de birra _ Deixe eu ver o sapo.

O menino, ao contrário da mãe, olha para a lama que escorre abaixo da calçada acha o sapo a coisa mais linda do mundo.

Daí a pouco, quer pegá-lo e se abaixa com esse intuito.

Não resta outra coisa: o sapo dá um pulo e o menino grita assustado.

- Ui, o sapo!

Ergue os bracinhos e se deixa ficar na proteção da mãe. É uma criança em tempo de descobertas, por isso repousando um dos bracinhos no pescoço da mãe, pede:

_ Pega ele, mãe!...

Com sinceridade, a mãe faz o melhor quando entra em casa.

Para o menino Luigi - meu vizinho.

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 14/09/2013
Código do texto: T4481509
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