A liberdade da flor
Era uma vez uma flor que estava cansada de viver presa ao galho:
_ Ah, como queria ganhar asas e voar!
E se abre com o estalar do vento e o estremecer dos ramos.
_Os raios do sol já me sobem no ar, fala dividindo-se em cinco partes.
E as estruturas levantam-se do cálice, arrastando cheiros a ensaiar um voo, fazendo círculos, confundindo-se com as folhas secas no cair da tarde: uma a uma cambaleiam ao chão.
Uma das pétalas ainda suspende a cabeça, frágil, amarelada; e então repousa maculada pelo sangue do androceu.
Depois, tudo é iluminado. Eram as estrelas abertas a esbanjar luzes na terra e no céu, porque a natureza tinha o que fazer.