Charliza, do casarão...
Sob o assoalho do casarão sei que me espiavas, e molemente as chinelas eu arrastava, enquanto também eu, expiava. E ninguém piava. Será que me varreram os pés com a vassoura de piaçava, de forma assim, que não mais me casava?
Hoje já não há o assoalho, trocado por cimento, num ato falho. Teus olhos já não me permeiam, e minhas chinelas, onde estão elas?
Ofereço-te agora esses pés descalçados, desnudos, mas bem formados, que vão arrastados, sensíveis e calados.