Flores Mórbidas - Introdução

Havia dor em sua face, a noite logo chegaria ao fim,ao seu redor versos rabiscados, lágrimas rubras versadas.

Há muito tempo que não deixa seu quarto, onde lembranças em formas de tormentas, o acompanhará, sabia que já não era mais o mesmo, tantas coisas haviam mudado, após a partida de Julye, onde suas lágrimas transformaram-se em sangue e mancharam sua face pálida.

Gabell havia tornado-se um homem frio, onde haviam versos apaixonados, hoje apenas rabiscos, sua alma que outrora era branca, hoje manchada pela dor, esconde-se nas trevas da ilusão, do desencanto.

Nada mais o importava, nem mesmo sua fortuna o agradará, sua casa, uma mansão situada em um dos locais mais nobres da cidade, transformará-se abrigo para sua dor.

Hoje Gabell versa sua dor, deixou para trás sua vida, como criatura noturna passa seus dias, vez ou outra durante a madrugada, Gabell anda por seu jardim à procura de rosas murchas, para retrata-las em versos rubros.

Os primeiros raios de sol penetram pela janela à dentro, Gabell fecha sua cortina preta, pega seu diário e versa seu lamento.

Continua...

Gabriel Souza
Enviado por Gabriel Souza em 18/09/2016
Reeditado em 27/09/2016
Código do texto: T5764628
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