O ABAJUR

O abajur que ficava na sala, próximo ao sofá, 🛋 balouçou suavemente mesmo sem nenhuma corrente de vento. Juli, ali sentada lendo um livro, notou o fato, mas não deu muita atenção, até achou natural. Cristina, sentada em outro sofá, 🛋 bem a sua frente, estranhou e olhou atentamente para a prima que, aparentemente, não se inquietou e continuou a leitura. Ela sim, percebeu que algo estranho ocorrera ali na sala, onde somente ambas se encontravam. Permaneceu calma, já que estava apenas descansando um pouco depois do jantar para em seguida ir lavar a louça. D. Norma Aparecida, mãe de Juli, se encontrava na biblioteca onde procurava um bom livro de romance para ler, se juntaria às meninas na sala.

Cristina, indecisa, cismou de levantar e resolveu que lavaria logo a louça. Já ia para a cozinha quando se deparou com a tia no corredor, trocaram sorrisos e Norma sentou-se no sofá 🛋 onde antes Cristina estava. Deu início a leitura, mas antes sorriu para a filha Juli que correspondeu educadamente com outro sorriso. Ali sentada por alguns minutos percebeu que o abajur balouçara. Olhou para Juli e perguntou se ela tinha notado.

- Nada demais, deve ter sido o vento - respondeu a filha voltando a ler o seu livro. Ninguém se preocupou mais, foi o tempo que Cristina voltava da cozinha sentando junto de sua tia. O ambiente estava em silêncio com Norma e Juli lendo seus livros, apenas Cris que nada fazia, além de ficar olhando para o abajur na expectatova dele voltar a balouçar.

Repentinamente uma corrente de vento atravessou a janela e invadiu a sala, no entanto o abajur permaneceu imóvel, mesmo com a corrente de vento. Nesse momento as três se entreolharam com esse estranho fato, mas o tempo passou e nada mais aconteceu ali na sala.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 02/11/2024
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