ENIGMA...

Seu Genildo o coveiro, recebeu ordem da prefeitura de retirar túmulos abandonados e arruinados, para deixar lugares livres para outros novos sepulcros. Nos fundos do cemitério havia uma tumba anônima, coberta por musgos e vegetação. Na campa havia apenas um crucifixo feito de ferro e virado ao contrário. Nenhum nome, nem data, totalmente abandonado.

Ele bateu com a picareta sobre o mármore desbotado, retirando os tijolos estragados. Na cova havia um caixão de zinco, dentro apenas um esqueleto masculino, envolto com correntes pelo corpo. Tudo indicava que devia ter sido um escravo, castigado pelos seus donos, sepultado ali sem nome. Talvez tivesse sido atingido por raios, as correntes reduziam a descarga elétrica. Um recente funeral chegou no cemitério para ele atender. Recolocou os tijolos no lugar, para continuar o trabalho mais tarde, e foi preparar a cova para o novo defunto.

No dia seguinte sr. Genildo percebeu que na velha tumba, o caixão de metal com o esqueleto tinha sido furtado durante a noite. Também estátuas de anjos haviam sido decepados e as cabeças espatifadas e espalhadas pelo chão. Certamente era obra dos feiticeiros que costumam furtar cadáveres e ossamentas para rituais de magia negra, e não gostam de imagens de anjos.

Ele comunicou as autoridades sobre o ato de vandalismo e roubo do caixão com a ossada. Vilipêndio, randalismo e roubos de objetos aumentavam a cada dia mais nos cemitérios . As pessoas haviam perdido o medo de fantasmas e aparições, inventadas pelos supersticiosos e contadores de histórias macabreiras. . .

♥ segue no cap.2

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