VISÃO MISTERIOSA

Lili era uma criança com idade entre dez a onze anos, que vivia com seu pai e sua mãe numa casa ladeada de árvores dentro de um terreno, muito grande, na cidade Duque de Caxias no Estado do Rio de Janeiro.

Seu pai era um carpinteiro de profissão e sua mãe uma costureira; dona de casa, muito ocupada com seus afazeres.

A vida prosseguia calma e feliz naquela humilde casa que nunca tinha grandes novidades a seres comentadas. Os assuntos eram sempre os mesmos do dia a dia e duraram até o instante em que um caso - bem fora do comum -, causou um grande rebuliço em todos do lugar com muitas falas a favor e outras contra ao que foi visto por Lili dentro do seu quintal.

Era aproximadamente quinze horas de um certo dia quente, bem ensolarado e de céu totalmente azul, quando a mãe de Lili estava muito ocupada com sua costura e, de repente, ela ouviu um barulho estranho e bem diferente do normal sobre a sua casa e muito assustada ela chamou Lili, aos gritos, dizendo:

- Nossa Senhora! O que é isso minha filha? Que barulho esquisito é esse sobre a nossa casa? Corre lá fora pra ver o que é! Nesse instante a menina saiu correndo da casa em direção ao poço de água que existia no meio do quintal e ao olhar para trás ela viu uma esfera imensa, brilhosa, que parecia ser de alumínio muito bem polido e com o tamanho de mais ou menos um metro e meio de diâmetro parada sobre uma mangueira que ficava bem próxima da janela lateral da casa. A menina, admirada com aquela estranha visão, se assustou e ficou imóvel, sem força para correr. Ela sentiu-se estática como que colada no chão. Permaneceu ali pasma e ereta à espera do ato final. Continuou olhando atentamente a tal esfera que, iluminada, brilhava intensamente com a luz do Sol. Ela viu que na esfera havia uma pequena hélice rodando velozmente na sua parte superior . Ali Lili ficou por um instante e de repente viu o objeto quebrar uns galhos da mangueira e depois disparar para o alto numa velocidade absurda. Em fração de segundo a esfera era apenas um ponto luminoso no azul do céu. Naquele instante a menina se sentiu liberta e consegui sair do lugar. Ela gritou, gritou e gritou para que sua mãe saísse rápido e visse o dito objeto parado no céu. As vizinhas ouviram os gritos e frenéticas apareceram nas janelas. Algumas delas puseram suas cabeças sobre os muros e curiosas perguntavam: o que foi Lili? Que aconteceu para você ficar tão nervosa?

A menina, muito assustada, contava o que viu e mostrava a esfera no céu, que já estava do tamanho de uma estrela grande, em plena luz do dia.

Todos olhavam e falavam sobre o tamanho daquela estrela diferente, que misteriosamente foi diminuindo de tamanho até desaparecer no infinito.

Como prova de sua verídica história, Lili mostrava a todos que ali estavam presentes, os galhos da mangueira que o tal aparelho havia cortado antes de partir.

Já, o pai de Lili, com toda experiência de diariamente lidar com madeira, foi analisar o corte no galho da mangueira e disse que não existia nenhum instrumento capaz de cortar uma árvore e deixar o lugar do corte tão liso como o vidro.

Nota: Durante sua vida Lili deve ter repetido esta sua história por dezenas e dezenas de vezes. Hoje ela é uma vovó muito consciente ao repetir detalhadamente esta sua visão na pré-adolescência.

José Pedreira da Cruz
Enviado por José Pedreira da Cruz em 18/04/2021
Reeditado em 10/04/2023
Código do texto: T7235252
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