A ruína de Benedito IIII - O pragmatismo

Se existirem, de, fato, os demônios e as bruxas não podem morrer … então, as balas, os rifles, os revólveres lhes seriam inofensivos, nós não poderiamos matá-los. Afinal, não poderemos matar o que não pôde morrer…

A morte não socorre as quimeras, os fantasmas. Eles existiriam entre a vida é a morte, mas presos nas sombras, no limite entre dois mundos.

Veja, pois, por essa perspectiva, a morte não seria um castigo, antes, disso, seria uma benção garantida...

Os anos se passaram e o jovem Benedito de outrora, se foi, daquele homem forte de corpo jovial... ativo, presentemente, destacava-se, apenas, a experiência e a perspicácia, própria, de um velho aposentado.

Ronaldo, ou, simplesmente, " naldo", era um temporão que nasceu em um momento difícil; afinal, uma família numerosa têm lá as suas dificuldades.

Mas, o destino reservou-lhes uma surpresa e transformou esse dia. A promoção de Benedito mudaria para sempre a história dessa família.

Sentia-se, então, em Benedito a tripla recompensa: o orgulho pelo nascimento do seu filho; a paz pelo reconhecimento profissional; e o conforto, advindo da, consequente, reparação financeira.

Por conseguinte, a tradicional festa de Naldo. Reunido com os familiares e amigos, entre, abraços; faceiro como ele só, Benedito exibia-se ao reconhecer que o filho caçula lhe trouxera a sorte que, segundo, ele, em, dado, momento da vida, havia perdido .

Pelos conjunto de traços morais e psicológicos, pelo seu temperamento o reverenciavam. Era notável, e, exemplar, a sua liderança . Não se pode deixar de admitir que Benedito era um homem sério, honesto e respeitoso e essas qualidades refletiam o seu caráter, a sua natureza.

Ele fez por merecer o carinho , o sucesso, a riqueza.

Em respeito a sua autoridade, os bons homens, com ele, estavam, mais, seguros. Para ele, o mal-feito era inibido quando o malfeitor era punido. Essa, era a única forma de agir em correção.

Ladrões, contraventores, trapaceiros, criminosos, facínoras, desonestos, caloteiros, charlatães e todos esses tipos de "analfabetos morais", sabiam, que, com ele não tinha conversa, ou, ajustavam-se ou seriam reconduzidos, conforme, os ditames da lei.

Benedito sabia que o malfeitor retira-se para não patentear a sua obra, e, que, o homem que semeia a boa semente no seu campo, não espera que, enquanto dorme, o seu inimigo semeará o joio no meio de seu trigo.

Porém , não temos o poder de matar o que não pôde morrer... isso, porque, talvez, toda essa luta cotidiana, seja, na verdade, o reflexo de uma luta travada no campo espiritual.

CONTINUA …...

Jorge Santana
Enviado por Jorge Santana em 31/07/2020
Código do texto: T7022358
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