Alucinações na Quarentena
Por conta do Coronavírus e do estado de emergência que se vive, as famílias recolheram-se em quarentena domiciliar. Na família do João, as coisas sofriam mutações como se houvesse alguém esperto, entre eles, que as vezes mudava por outras semelhantes, de modo fantasmagórico. Só daria conta quem pudesse estar muito atento. Por exemplo, substituindo um pão, secretamente, por outro da mesma espécie e padaria, poucos notam a diferença, salvo os que fitarem bem o primeiro pão, que não é igualzinho ao outro. No princípio, apenas João notava, e quando contava aos outros sobre as sensações estranhas como coisas que desapareciam ou mudavam de lugar, aqueles não acreditavam, julgavam-no como doente. Mas tarde, outros começaram também a sentir o mesmo. Passaram a viver assustados e, como não sabiam quem realmente os assustava, todos eram suspeito. Então, decidiram cada um ocupar apenas um quarto, quer dizer, a quarentena deixaria de ser juntos em casa, para sozinho num compartimento. Com isso, Pedro ocupara a dispensa da casa, onde ganhou mais medo, por conta de barulhos estranhos. Pois, ou(via) mexidos num saco preto que estava no chão, e de tanto temor pensou que o vírus ficou gigante a ponto de ser apalpado!