TATÃO; UM GAROTO ANORMAL
(Antônio Herrero Portilho.)
Um local encantador, um verdadeiro paraíso, um cartão postal, nos fins de semanas e feriados prolongados muitos procuram esse lugar para lazer, esporte canoagem e até escalar montanhas, recarregar as energias, além das paisagens cavernas e grutas, ótima a quem gosta de explorar essas maravilhas da natureza, mas porem muitos dizem lendas sobre esse ambiente, nassas cavernas guardavam muitos mistérios.
Justamente nesse dia não houve turistas, tudo estava muito deserto, somente fazia presença o barulho da natureza, as três moças que sempre marcavam presença já estão para chegar, elas acostumam acampar pela manhã e só sair no outro dia, verdadeiras amantes da natureza, passar a noite em volta ao fogo, beber cerveja e assar um saboroso churrasco, não aceitavam companhia masculino; reunião de mulheres,
Elvira casada, Irene em relacionamento sério e Belinha ainda era noiva, mas morava com o noivo, certa que se casaria em breve, amigas inseparáveis,
Elvira diz sempre que pretende engravidar novamente, já tem duas filhas, quer ser mãe de um menino, pede a deus e tudo nessa vida para que essa gravidez acontecesse, mas porem há um grande problema, seu marido esta quase impossibilitado de lhe presentear com essa pretença gestação, marido doente quase sempre acamado, relações sexuais só vagamente, diz ela que sua doença prejudica as vias de fatos, mas assim mesmo ela ainda tenta realizar esse seu desejo nessas relações extraconjugais, vez e outra ela tem algumas transas fora do casamento, encontra sempre com Cezar e em outras ocasiões faz as vezes com Carlos Augusto, não acredita que poderá vir alguma gravidez através desses namorados ocultos apesar de que esses dois sempre lhe suprem naquilo que lhe faltaram.
Dona Elvira, juntamente com suas inseparáveis amigas já esta a caminho, a passos largos sobre a trilha que as levaras ao riacho das corredeiras, lugares turísticos, não fica muito longe de suas casas, local de muitas grutas, cachoeiras e rios subterrâneos, paisagem bonita, mas porem misteriosa, Elvira e suas amigas passam uma boa parte do dia se divertindo, tomando banho nas cachoeiras nadando no lago disfrutando da natureza, nesse cenário existe algumas cavernas antigas, ainda com bom aspecto, até que bem arejada, muitas vezes esses visitantes quando chove buscava abrigo nessas grutas que ali bem próximo existe, Elvira e suas amigas resolvem entrar mais a fundo nessa gruta a menos visitada, o sol clareia em baixo onde elas estam, os raios adentram por uma abertura a cima no teto, surge lá da superfície, a claridade bate na água e deixa tudo as claras reflete raios na parede de pedras onde ha vários desenhos, dizem ser da idade média, logo Elvira descobre a imagem de um monstro figurado em pessoa humana, um ser horrível, crânio avantajado, com orelhas pontiagudas, mas aparência de humanos, olhos esbugalhado e dentição deformado, hora parece adulto, ora parece um bebê mesmo diabólico, Elvira fica aterrorizada com aquelas imagens, até que bem desenhada, figura enorme.
Enquanto esse passeio subterrâneo que descobrem muita cultura do antepassado, enriquecem mais e mais seus conhecimentos.
La fora cai um pé d’água, muita chuva, e bastante duradora, se protegem na caverna, aguardaram muitas horas até essa chuva diminuir, passou a tarde toda chovendo, elas querem voltar para casa, mas a chuva não da trégua, o que seria um piquenique tiveram que comer o lanche lá mesmo, dentro da caverna, além do lanche levaram colchonetes e agasalhos de dormir, de imediato planejando passar a noite ali junto a natureza já que a chuva não da chance, só cessou bem a noitinha, com o escuro que esta despertando, resolveram dormir ali mesmo, não aprofundaram muito, ficaram bem ali na boca dessa caverna, esse sempre foi o costume delas, pernoitar em meio a natureza, acham fascinante isso em três amigas na natureza, não estão tão longe de casa, somente a chuva impediu a volta a casa caso decidisse voltar, mas quem andam prevenida, se acampam em qualquer lugar.
Elvira e essas meninas se acomodam para dormir, nesse lugar afastado mais ou menos uns metros e oitenta do solo, os bichos peçonhento que vivem por ali não conseguem alcançar com facilidade, elas fizem seus ninhos e pretendia dormir ali enquanto visualiza todo aquele cenário lá em baixo, a correnteza do riacho, as quedas d’águas e até os bichos de costume noturno que por ali habitam, as duas outras amigas de Elvira dormiram mais rápidos, mas para Elvira, ouvir o som da natureza durante a noite, isso era mais emocionante, medo?... Medo sim quando ela se lembra daqueles desenhos das paredes da caverna, mas já estão acostumadas com isso, sem problemas.
Elvira logo é tomada pelo sono, com o corpo cansado de tantas atividades só pode acabar nisso, dormir suave, gostoso até certas horas, depois começa a sonhar, sonho muito traumático, logo ficou intenso, Elvira sonha com o desenho da caverna, que aquele ser horrível veio visita-la em busca de sexo, que quer manter relações com Elvira, o mostro do desenho quer manter relações sexuais com Elvira mesmo a força, já que Elvira se esquiva, tentando resistir expulsando, mesmo que ela não quer mais ele força, Elvira em sonho quer acordar para se livrar dele, mas com tanta insistência ele conseguiu a penetração, logo Elvira começa aceitar, o monstro da caverna transou com Elvira em sonho, ela sentiu como se fosse real, mas continuou dormindo, isso até o raiar do dia, acordou e tateou em volta de si para verificar se ha alguém ali, bem acordada ainda percebeu um vulto indo em direção das profundezas da caverna.
Ela sente que foi violada, percebeu até restos de algo ejaculado em suas peças íntimas, percebeu com clareza que sofreu uma violência sexual, sente o cheiro de suor de homem em seu corpo, o certo que durante esse sonho algo sobrenatural veio acontecer, tudo indica que o mostro do desenho da caverna veio relacionar com Elvira.
Logo Elvira toma sua toalha, seu sabonete e bucha, desce de onde está e vai logo tomar um belo banho em plena manhã, quando as outras meninas acordam veja lá quem já está na água se banhando; Elvira.
- que ouve com você nessa dormida, fez xixi na cama, é? pois logo de manhã já está tomando banho ( perguntou Irene em tom de gracejos)
- depois eu te digo, aguarde que eu ainda tenho muitas histórias pra contar que aconteceu comigo essa noite. (Elvira )
- bem... Agora que já se enxugou, conte que me o aconteceu, não me diga que aqueles pescadores que estavam ontem de manhã voltaram para lhe surpreender com uma noite bem dormida, menina de sorte em, eu que queria estar nessa (Belinha fala para obter uma resposta)
- fui atacada por aquele homem monstro da caverna em sonho, foi um pesadelo infernal, sofri muito, ele transou comigo em sonho, fizemos sexos a madrugada toda e é por isso que estou me banhado, quero me esfregar bem pra ver se tiro o cheiro dele.
- ah... Deixe de ser ingênua amiga, você só teve um sonho erótico, só isso, não aconteceu nada, só impressão sua. (disse a sua amiga Irene chamando para irem embora, falando que ainda está de manhã)
– bora desarmar acampamento, quer tomar meu café em casa nesse começo de dia. ( irene fala para as duas).
Segunda Parte
Belinha minha amiga, eu acho que esse meu filho é mesmo a encarnação do Tinhoso, a cara dele não nega, até hoje eu fico pensando e duvidando dessa gravidez a qual resultou ele, contando os dias da gestação não bate com o dia dessa concepção, pelas contagens regressivas até a hora que me engravidei não deitei com ninguém, só umas trancinhas esporádicas, até que bate mais ou menos, tirando isso fiquei em abstinência muitos dias, não sei mesmo como esse filho anormal nasceu, desses rapazes que transei não pode ser, são rapazes muito bonitos nada há ver com esse filho monstro.
De outubro a abril do ano seguinte eu não tive relações com ninguém, meu marido morreu, antes estava muitos meses acamado sem forças pra nada e pelas contagens daria mais ou menos naquela semana que antecedia a morte dele, se for contar direito fiquei até anos sem fazer nada, aqueles dois rapazes até que nos enquadraria mais ou menos no dia, essa gestação é realmente uma surpresa, será que esse meu menino não será filho do monstro da caverna, lembre que eu disse certa vez, eu transei com ele em pesadelo, se for contar direitinho vai cair naquele dia do piquenique na caverna, acho que fui engravidada em sonho pelo mostro da caverna, esse menino parece com ele.
Ainda mais, vejo essa criatura completa de anomalia, tenho vergonha de sair com ele pela rua, essa cabeça grande com aspecto de hidrocefalia assusta todos por onde passamos, as orelhas dele é muito grande, olhos esbugalhados, dentição todos mal acondicionados, dentuço, é realmente uma figura horrível esse meu filho, já está com dose anos próximo de inteirar os trezes, tem a mentalidade infantil, além de tudo, fala repetindo as palavras como um bebê chorão, estou preocupado, o período da puberdade está chegando, mesmo que retardada e ele com essas posturas, não se preocupa muito com as roupas, tem as outras meninas minhas filhas, não tenho ideia como será essas crianças vivento ali juntos, espero que alguma coisa aconteça de bom, pois estou prevendo algo desastroso, na sexta feira quando fui a igreja, chamei-o ele ficou com uma cara brava, pelo visto odeia religião... Ah outra coisa louca dele, quando cheguei da igreja, fui me trocar de roupa, quando me virei percebi que ele estava dentro do quarto, certeza que me esperava, eu estava nua, quando olhei pra ele estava olhando para mim e se masturbando, até fiquei assustada com essa atitude dele, usar desse vício para com a mãe. Fiquei muito brava com ele, ameacei dar uma surra. Impressionante como ele fica transfigurado quanto atacado de ira.
Um dia desse ele ficou nervoso com os latidos do cachorro do vizinho, pulou o muro e pegou o tal cãozinho a unha e matou estrangulado, tem uma força descomunal e um instinto assassino.
Foi a uns meses aí passados recente, o pastor dos Batistas foi lá a minha casa tentando fazer orações, aconteceu uma tragédia, você sabe né, nos moramos no terraço daquele casarão antigo, tem um alpendre ha uns quatros metros de altura nós nunca nos preocupando com a altura do para peito, até um pouco baixo e veja o que aconteceu, Tatão ficou transtornado quando viu o pastor se aproximando, no exato momento Tatão partiu pra cima, o pastor dava-lhe com a bíblia na cabeçona dele enquanto fazia orações, der repente o pastor percebeu que não conseguia vencer esse suposto diabo, o religioso tenta correr, no momento tropeça em um obstáculo e despenca do alpendre de uns quatros metros, cai em cima de umas ferramentas e piso de concreto, ficou hospitalizado por uns sessenta dias, só pode se locomover em uma cadeira de rodas, lesou uma das vertebras, não há esperança para se reabilitar já mais. Tatão era um monstro, ninguém há de negar, nasceu para atazanar a vida de todo mundo agora mais um transtorno, com essa idade de transformação para adulto, aparecendo os pelos pubianos a situação tende a piorar, como ele controlará esses impulsos de natureza sexual? Psiquiatria nenhuma vai acalmar essas que já é anormal, na verdade Tatão sempre será um problema, não tinha pudor, não se comportava dentro da roupa que vestia, deixava ser mostrado suas partes íntimas, pior ainda é que ele está passando para a faze adulta, um grande problema para a sociedade além de nunca ter ido a escola.
Na semana passada o pessoal da vizinhança perceberam que Tatão estava desaparecido, finalmente um momento de paz para aqueles vizinhos que se sentiam incomodando com o comportamento desse menino monstro, foi quase um dia inteiro de procura, a final não é por ele ser assim tão anormal que se deve ignora-lo assim, terão que dar conta desse doido, vai que alguém destemperado o matou em um momento de sandice por parte dele, além do mais isso gera um boletim de ocorrência, a polícia quer saber o paradeiro de Tatão o garoto anormal.
Elvira teve uma ideia meio que relâmpago, achou que estaria na gruta no riacho das cavernas, foi o que ela fez, se juntaram a outras duas amigas e partiram pra lá saíram sem que ninguém percebesse, foi até as corredeiras de do riacho, andaram mais de sete quilômetros até chegar lá, em sua intuição Elvira tinha certeza que Tatão estaria lá dentro da caverna na galeria em que estava feito os desenhos dos ancestrais.
Elvira e suas amigas entraram correndo pela entrada da caverna para chegar até o local onde imaginavam que Tatão estava, as meninas chegaram bem devagarinho sem fazer nenhum ruído se escondendo por entre as pedras para observar, tudo foi confirmado, tatão estava lá prostrados diante a imagem do monstro da caverna, se ouvia em som retumbante pelas galerias a aclamação de Tatão, parecia uma oração em louvor, aqui quando ele soltava a voz se parecia com uma pessoa normal, dizia palavras como se fosse um homem responsável, aquela imagem desfigurada parece que desapareceu momentaneamente, tatão parecia outra pessoa diante daquela figura que ele o tratava como seu pai.
- pai... Meu pai eu venho aqui te louvar, estou aqui para te reverenciar e agradecer por ter me dado vida. Pai, pai... Eu herdei de você quase tudo dês dos ancestrais, eu te agradeço.
Elvira as espreitas escutava tudo o diálogo e recordou daquele pesadelo que teve aquela noite, agora ela ficou certa que realmente Tatão era filho desse breve relacionamento entre ela e o monstro da caverna, naquela noite não foi apenas um pesadelo, os fatos aconteceram, a relação amorosa existiu.
Elvira foi até ele, tomo a mão de seu filho e juntamente com suas amigas tomaram o caminho de volta.
Os dias foram passando e a doença do menino foi se agravando, ele era realmente um antissocial, praticava tudo que poderia ser delito, estupros, pequenos roubos, invadia residências, matava animais, principalmente cachorro.
Um dia desses encontram Tatão morto, foi assassinado com três tiros, assassino motivado por uma das investidas desse garoto anormal, Robert chegou a casa encontrou Tatão estuprando sua filha e esposa, Robert não pensou duas vezes, sacou o revolver e desferiu esses projéteis. As vizinhanças não reclamaram de nada, aceitaram como normal esse assassinato.
Depois da morte desse garoto anormal, apareceram muitas vítimas de estupros, pedofilia, assalto de mão armada e vai por aí.
A;H/P/6/12/2019.