-----continua-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Sua satisfação em encontrar sinais concretos do paradeiro do tal coronel, trazia junto dúvidas que se apresentaram como possibilidades reais: -De ter se confundido, afinal era um nome comum; -Quem sabe, ter sido também observado nesse tempo todo; -Ou uma possibilidade real, de que o tal sujeito já ter falecido, devido sua idade avançada, ou outro motivo qualquer. Mas, essas conjecturas não podiam tirar do seu “foco” e no que já verificamos Victor sempre esteve mais que obstinado em encontrar esse coronel, com isso vingar a seus pais.
Vida social de Victor::
Essa descoberta traz junto uma outra certeza, que foi a constatação que sua sina, agora bem encaminhada, o privou da necessidade urgente de tranqüilizar-se e relaxar literalmente. Convencido disso, sai na mesma noite e vai até um restaurante onde além de uma farta gastronomia, costumeiramente havia apresentação de música ao vivo com grupos, duplas e solos. Justamente nesta noite uma talentosa e linda jovem apresentava-se. Tinha um rosto angelical e uma voz maravilhosa. O rapaz sente algo inexplicável, nunca sentido antes por não se prestar a esse capricho para consigo, motivado por sua árdua missão de vingança. Victor interrompe até com sua refeição e desta hora em diante não desgruda mais seus olhos da moça, que não sabia de quem se tratava, mas foi quem lhe tocou profundamente ao coração. Um coração que tornou-se duro e fechado a relacionamentos pessoais a não ser a sua incessante procura e a possibilidade de vingar a morte de seus pais, assim como já fora relatado e isto sim, tomava todo o seu tempo e atenção até então. Sobre a jovem nada sabia, mas tratou logo de achegar-se a ela e pra sua surpresa, a recíproca foi verdadeira. Tudo foi facilitado porque apesar de bem esclarecido e com uma boa cultura, que contrastava com uma timidez característica, quando os dois lados se manifestam na mesma direção, facilita-se tudo. Após a apresentação da jovem, que nessas alturas já se sabia o nome (Kalina era o nome da jovem), ficou combinado que conversariam melhor depois que ela se apresentasse naquele restaurante. Após sua apresentação saíram, conversaram por mais de 1 hora sobre vários assuntos e uma afinidade incrível entre eles se evidenciou, inclusive o mesmo gosto musical, é; na verdade o rapaz força um pouco a ‘barra’ para não deixar que nada estrague aquele quase princípio de namoro. Outros tantos encontros são marcados e a cumplicidade só aumenta.
Em um desses encontros, num “Aras” (este costume e gosto faz parte do ‘Rol’ de afinidades entre o casal), Kalina vê-se a vontade de uma tal forma que o convida para irem a sua casa. Victor até tenta se manifestar, dizendo que precisaria arrumar-se ‘melhor, mas ela o faz entender que com sua família não existe cerimônia alguma, que eram simples e cordiais e sendo convidado por ela,não haveria problema. Cabe aqui uma observação:: -O drama de perder aos pais da forma como foi seria um duro golpe a qualquer um, imaginem só a uma criança e se esta..., ainda for filho único, só sendo bem assistido como foi Victor por seus tios para minimizar os estragos psicológicos advindos desta ausência terrível. Procuraram dar todo carinho e educação que uma criança precisa, mas até eles sempre tiveram em mente que seria impossível substituir os verdadeiros pais. //È claro que Victor aceita ir até sua casa, não perderia de jeito nenhum a oportunidade de ficar mais tempo a seu lado e se agradar de cara, o sogro e a sogra ficaria mais confiante na seqüência e consolidação do incipiente, mas promissor namoro. Ao chegar é apresentado aos pais de Kalina, de fato muito simpáticos e hospitaleiros, como havia sido dito pó Kalina. Em seguida, enquanto Victor ficava na companhia de seus pais, Kalina vai ao quarto do avô e o conduz até a sala em sua cadeira de rodas, onde estava preso por mais de 10 anos e chegando apresenta-o ao rapaz. Após o jantar, os pais de Kalina pedem licença e retiram-se, a moça vai a seu quarto por instantes e Victor fica a sós com o seu avô. Como era impossível manter um diálogo com o homem em um estado semi-vegetativo, disfarça e começa a vasculhar alguns livros na estante. Num deles viu citações do período de governo de Stalin e nestes escritos um nome sempre figurava como braço direito do ditador. Ele de imediato se recorda das pesquisas que fez, pesquisas como disse anteriormente, muito minuciosas e com um propósito bem determinado, ou seja, saber do paradeiro do comparsa do ditador, localizá-lo e cumprir o que se propunha desde o início, desde sempre depois da prisão brutal dos pais e conseqüência morte de ambos. Vê no canto de uma das paredes desta sala, um quadro que chamou bastante a sua preocupação. Era de homem, meia idade e trajado feito um militar graduado do alto escalão do governo. Não sabia explicar o que sentiu na hora, mas fez relação direta e imediata com o tal coronel, o que comprovou tratar-se sim daquele que foi o responsável e o alvo de sua incessante procura. Ainda estupefato e com o livro na mão, meio atônito nem percebe que Kalina havia voltado e que falava com ele. Sabia que perguntara algo referente ao livro e pede desculpas e que ela o refizesse a pergunta. -Nada não diz ela, mas ele insiste e ela o revela:-Este da foto é esse homenzinho aqui, abraçando seu avô. Nesta hora sem deixar transparecer demais, Victor, inventa um compromisso de ultima hora e sai alucinado daquela casa. Não tinha compromisso algum, o que precisava era sair rápido dali, deixar de olhar para aquele sujeito asqueroso que o enojava. Dá tempo de Kalina, sem desconfiar de nada, perguntar se voltariam a ver-se no outro dia, mas não obteve resposta. Victor fica afastado por quase três dias afio para tentar assimilar aquela situação, entender de alguma forma o procedimento a seguir. Entendi mesmo é que cada um é responsável por seus atos, este discernimento da situação ele teve e Kalina de modo algum deveria ser responsabilizada ou penalizada, pelo o que fizera seu avô. ...Procura a moça, pois sabia que já existia um compromisso entre ambos e tinha certeza que seu inimigo de modo algum seria Kalina e seus simpáticos pais. Os dias vão passando e o senso seu crítico vai dando-o um caminho, uma tendência, um norte a sua vida. Será ai amadurece de vez a idéia de esquecer a vingança? Diria que não, mas sim a certeza de nada mais tinha a fazer, o tempo encarregar-se-ia de resolver aquele terrível dilema, aquele senhorzinho já estava condenado e cada dia a mais de vida tornar-se-ia num prenúncio de morte, com sofrimento e num peso mental e avassalador. Uma semana após ser apresentado ao algoz de sua família é informado que acabara de falecer, devido ao agravamento do seu quadro clínico e no dia 20 de novembro de 1964, com 75 anos morre o ex-coronel Ygor Dorosh e acaba assim o martírio e a vingança de Victor.
Desfecho::
Seis meses depois, no dia 19 de abril de 1965, Victor Gozniack e Kalina Amenova, casam-se na Catedral de São Basílio e Moscou, onde moram até hoje e nunca nesse tempo todo Victor revelou toda história a sua esposa e amada.
Vida social de Victor::
Essa descoberta traz junto uma outra certeza, que foi a constatação que sua sina, agora bem encaminhada, o privou da necessidade urgente de tranqüilizar-se e relaxar literalmente. Convencido disso, sai na mesma noite e vai até um restaurante onde além de uma farta gastronomia, costumeiramente havia apresentação de música ao vivo com grupos, duplas e solos. Justamente nesta noite uma talentosa e linda jovem apresentava-se. Tinha um rosto angelical e uma voz maravilhosa. O rapaz sente algo inexplicável, nunca sentido antes por não se prestar a esse capricho para consigo, motivado por sua árdua missão de vingança. Victor interrompe até com sua refeição e desta hora em diante não desgruda mais seus olhos da moça, que não sabia de quem se tratava, mas foi quem lhe tocou profundamente ao coração. Um coração que tornou-se duro e fechado a relacionamentos pessoais a não ser a sua incessante procura e a possibilidade de vingar a morte de seus pais, assim como já fora relatado e isto sim, tomava todo o seu tempo e atenção até então. Sobre a jovem nada sabia, mas tratou logo de achegar-se a ela e pra sua surpresa, a recíproca foi verdadeira. Tudo foi facilitado porque apesar de bem esclarecido e com uma boa cultura, que contrastava com uma timidez característica, quando os dois lados se manifestam na mesma direção, facilita-se tudo. Após a apresentação da jovem, que nessas alturas já se sabia o nome (Kalina era o nome da jovem), ficou combinado que conversariam melhor depois que ela se apresentasse naquele restaurante. Após sua apresentação saíram, conversaram por mais de 1 hora sobre vários assuntos e uma afinidade incrível entre eles se evidenciou, inclusive o mesmo gosto musical, é; na verdade o rapaz força um pouco a ‘barra’ para não deixar que nada estrague aquele quase princípio de namoro. Outros tantos encontros são marcados e a cumplicidade só aumenta.
Em um desses encontros, num “Aras” (este costume e gosto faz parte do ‘Rol’ de afinidades entre o casal), Kalina vê-se a vontade de uma tal forma que o convida para irem a sua casa. Victor até tenta se manifestar, dizendo que precisaria arrumar-se ‘melhor, mas ela o faz entender que com sua família não existe cerimônia alguma, que eram simples e cordiais e sendo convidado por ela,não haveria problema. Cabe aqui uma observação:: -O drama de perder aos pais da forma como foi seria um duro golpe a qualquer um, imaginem só a uma criança e se esta..., ainda for filho único, só sendo bem assistido como foi Victor por seus tios para minimizar os estragos psicológicos advindos desta ausência terrível. Procuraram dar todo carinho e educação que uma criança precisa, mas até eles sempre tiveram em mente que seria impossível substituir os verdadeiros pais. //È claro que Victor aceita ir até sua casa, não perderia de jeito nenhum a oportunidade de ficar mais tempo a seu lado e se agradar de cara, o sogro e a sogra ficaria mais confiante na seqüência e consolidação do incipiente, mas promissor namoro. Ao chegar é apresentado aos pais de Kalina, de fato muito simpáticos e hospitaleiros, como havia sido dito pó Kalina. Em seguida, enquanto Victor ficava na companhia de seus pais, Kalina vai ao quarto do avô e o conduz até a sala em sua cadeira de rodas, onde estava preso por mais de 10 anos e chegando apresenta-o ao rapaz. Após o jantar, os pais de Kalina pedem licença e retiram-se, a moça vai a seu quarto por instantes e Victor fica a sós com o seu avô. Como era impossível manter um diálogo com o homem em um estado semi-vegetativo, disfarça e começa a vasculhar alguns livros na estante. Num deles viu citações do período de governo de Stalin e nestes escritos um nome sempre figurava como braço direito do ditador. Ele de imediato se recorda das pesquisas que fez, pesquisas como disse anteriormente, muito minuciosas e com um propósito bem determinado, ou seja, saber do paradeiro do comparsa do ditador, localizá-lo e cumprir o que se propunha desde o início, desde sempre depois da prisão brutal dos pais e conseqüência morte de ambos. Vê no canto de uma das paredes desta sala, um quadro que chamou bastante a sua preocupação. Era de homem, meia idade e trajado feito um militar graduado do alto escalão do governo. Não sabia explicar o que sentiu na hora, mas fez relação direta e imediata com o tal coronel, o que comprovou tratar-se sim daquele que foi o responsável e o alvo de sua incessante procura. Ainda estupefato e com o livro na mão, meio atônito nem percebe que Kalina havia voltado e que falava com ele. Sabia que perguntara algo referente ao livro e pede desculpas e que ela o refizesse a pergunta. -Nada não diz ela, mas ele insiste e ela o revela:-Este da foto é esse homenzinho aqui, abraçando seu avô. Nesta hora sem deixar transparecer demais, Victor, inventa um compromisso de ultima hora e sai alucinado daquela casa. Não tinha compromisso algum, o que precisava era sair rápido dali, deixar de olhar para aquele sujeito asqueroso que o enojava. Dá tempo de Kalina, sem desconfiar de nada, perguntar se voltariam a ver-se no outro dia, mas não obteve resposta. Victor fica afastado por quase três dias afio para tentar assimilar aquela situação, entender de alguma forma o procedimento a seguir. Entendi mesmo é que cada um é responsável por seus atos, este discernimento da situação ele teve e Kalina de modo algum deveria ser responsabilizada ou penalizada, pelo o que fizera seu avô. ...Procura a moça, pois sabia que já existia um compromisso entre ambos e tinha certeza que seu inimigo de modo algum seria Kalina e seus simpáticos pais. Os dias vão passando e o senso seu crítico vai dando-o um caminho, uma tendência, um norte a sua vida. Será ai amadurece de vez a idéia de esquecer a vingança? Diria que não, mas sim a certeza de nada mais tinha a fazer, o tempo encarregar-se-ia de resolver aquele terrível dilema, aquele senhorzinho já estava condenado e cada dia a mais de vida tornar-se-ia num prenúncio de morte, com sofrimento e num peso mental e avassalador. Uma semana após ser apresentado ao algoz de sua família é informado que acabara de falecer, devido ao agravamento do seu quadro clínico e no dia 20 de novembro de 1964, com 75 anos morre o ex-coronel Ygor Dorosh e acaba assim o martírio e a vingança de Victor.
Desfecho::
Seis meses depois, no dia 19 de abril de 1965, Victor Gozniack e Kalina Amenova, casam-se na Catedral de São Basílio e Moscou, onde moram até hoje e nunca nesse tempo todo Victor revelou toda história a sua esposa e amada.