A Fuga de Samanta
A fuga de Samanta
-Como doem as minhas mãos, uma radiação de dores pelo meu corpo. Vou embora desta casa, desta família! exclama Samanta após tomar uma surra. No silêncio da madrugada, com sua trouxa, a moça vai embora pela estrada de chão e cascalhos.
Já cansada de sua fuga, com sede e fome, cai na floresta. Ao chão, cansada e faminta, um portal se abre. E naquele oásis aparece um banquete de iguarias deliciosas, que a anfitriã Selene oferece a Samanta.
— Samanta, agora descanse, depois conversamos — diz a jovem Selene, guardiã daquela floresta cheia de luz e bondade.
Logo, a mata se fecha, toda a beleza se dissolve e a comida some aos olhos de Samanta
— Samanta, sua menina, onde você esteve esse tempo todo?
- Pergunta sua prima Idiara, com uma voz indiferente
— Acorda, menina, deixe de moleza e preguiça, vá pegar água na fonte, estamos sem água para beber!
— Está certo, vocês que mandam — responde, com voz sarcástica e sorriso sóbrio, a senhora Samanta, de 100 anos.