Ventos atrás dos poetas
Somaram-se folhas discriminadas do diário da Luci. Incrédula, sozinha em meio a um mar de letras bem distante de si e da sua realidade.
Luci, perguntava-se com frequência, o porquê do vento se tornar em poetas, caminhando ao seu encontro.
Quereria ser azar ou sorte?
Seria o meu belo discrimar de palavras que assim emanam poetas ao meu caminho?
Assim sendo, Luci seguia inconformada. Pois, os ventos retornavam a luz dos seus desejos, poetas e poetas até poetas ainda sonhado ser poetas.
Todavia, vendo-se mergulhada em letras, o que a faria se conformar com o que recebia: São as palavras de se esquecer que existe dor;
Palavras que soltam a solidão para a morte;
Palavras que beijam a secagem para florir;
Palavras e palavras...
Luci, se via a viajar
Mas cada viagem tem o seu destino, e por mais que os ventos se empenhassem em trazer poetas, isso seria só mais uma aventura.