O BOTO

O coronel Justino estava observando as ondas quebrarem no pier da sua mansão, contava mentalmente, uma, duas,....a décima era mais forte, ficava imaginando o porque, seria a lua, as correntes, o vento, era milímetrica, vez por outra aparecia um boto saltando, ele olhava de lado para ver se tinha alguém é acenava com a mão para o animal, que dava um grito, pulava para trás, como que cumprimentando o coronel. Ele sorria com o canto da boca e resmungava, esse boto, não sei não. Mais uma vez ele sorria, lembrando que todos falavam na região que ele se transformava num boto rosa e pegava as virgens na beira do rio para namorar. Até que seria bom se isso acontecesse, falou baixinho. Os pais das donzelas não costumavam deixar as meninas irem na beira do Jaguaribe. O boto continuava ali, como que zombando do coronel, já eram dois, num sei não-pensou o coronel- esse macaco quer chumbo, ou banana-sorriu outra vez. levantou-se,

e lentamente caminhou em direção ao pier, tirou a roupa, olhou de canto pra vê se tinha alguém observando e mergulhou no rio......7

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 03/06/2019
Código do texto: T6663831
Classificação de conteúdo: seguro