A Caça
Um viajante anda dentre a floresta a procura de novas e emocionantes aventuras. Ao dar uma parada para descansar em baixo de uma árvore, e desfrutar de sua refrescante sombra, viu de relance uma lebre a correr. Faminto devido a longa jornada que percorreste até aquele local, poise ao bicho procurar, pensando então: “Este animal irá se tornar um belo jantar, em minha barriga logo estará.”Alguns minutos escondido entre os matos como um feroz predador, o jovem viajante viu novamente a pequena criaturinha correndo, ao perceber o movimento, acionou uma das armadilhas que tinha preparado antes, capturando assim a lebre.
Todo animado por ter conseguido o jantar, ele vai checar o cesto e pegar seu tão esperado prêmio. Chegando a armadilha, lá estava o animal. Ao se aproximar para pega-lo levou um grande susto
-Hey, quem lhe deu o direito de sair por ai prendendo os outros?
Disse a lebre para o rapaz, que então arregalou os olhos.
-Você fala?
-Não. Eu faço mímica! Não ta vendo gênio?
-Me desculpe, eu só estava...
Antes do rapaz terminar sua fala, a lebre o interrompe completando sua frase.
-Um jantar, por acaso pretende me comer?
-Não, não! Que isso, eu não farei isso.
-Porque não? Só porque sei falar?
-Seria errado.
-E já nao era antes?
A lebre salta para fora do cesto, fica de pé nas 2 patas, tira a poeira dos pêlos e continua.
-Olhe ao seu redor, é uma mata! Ah muito a se comer por aqui, folhas, frutos e raízes.
-Me desculpe.
-Já pode parar de pedir desculpas, você não é o primeiro que tenta me cozinhar.
-E o que aconteceu com os outros?
-Estão todos mortos.
Seu sorriso meigo se tornou um tanto macabro junto a esta frase.
-Não se preocupe, não ire te matar, você pediu desculpas e gostei de você, então você fica vivo. Venha comigo.
O Viajante acompanhou a lebre até uma claleira, onde se encontrava uma grande árvore em seu centro.
-Tome isto.
A lebre entregou ao rapaz um saco cheio de comida, frutas e verduras.
-Isso deve lhe ser o suficiente para sua jornada.
O viajante aceitou o presente, agradeceu e partiu dali muito feliz, por ainda estar vivo. E a lebre voltou a fazer suas coisas feliz por não ter que matar mais um humano ignorante.