Quando o Amor Acontece.
Quando o Amor Acontece.
Estava passeando de bobeira pela Orla de Buraquinho conversando com meus botões quando, avistei uma mina. Essa mina tinha um vestido azul claro com detalhes em azul escuro, tinha um olhar castanhos claros, vivo, que, me levou a penetrar a natureza misteriosa do seu prisma. Ela tinha um corpo tal qual o corpo de uma deusa Maia, emanava em todo seu andar, um visgo que atraia-me como mosca no mel, tudo nela parecia não ter sido feito por Deus, pois, para ser bem transparente o Diabo colocou sua assinatura.
Sentei-me numa pedra perto da maré para sentir o frescor de suas ondas, e, a canção entoada numa melodia que apenas as sereias conheciam as notas. Junto a mim, uma garrafa de Brunello di Montalcino 2018, a cada gole aprofundava-me num oceano de letras e temas a serem composto no castanhos daquele olhar. De repente, sem esperar, um olá. Era ela a um metro de distância, perguntando-me se poderia sentar comigo. Fiquei confuso, sem respostas imediatas, apenas olhava-a desacreditado no momento.
- Pode.
Foi rápido, seguro, inevitavelmente sucinto procurando não meter as mãos pelas pernas. Ela chegou mais perto, sentou, cruzou as pernas de forma provocativa, balançou os cabelos ao vento, respirou fundo, e, em silêncio, contemplou o horizonte. A brisa que viera do oceano, antes cheirava a praia em todo seu olor, depois dela, tinha a mistura da praia com Ange ou Démon, e, diga de passagem, ela era uma com certeza.
Naquela noite feliz, onde pessoas sem pensar em nada se encontram, lá estavam admirando a natureza em seu esplendor. Eu não sabia à olhava, ou, olhava a imensidão daquele pélago.
- É lindo não.
Ao ouvir mais uma vez sua voz, sai do transe em que me encontrava e respondi:
- Sim! Muito belo. O quadro em si, nos mostra uma matiz de segredos confabulado entre o céu e a terra, onde mistérios nos envolve, e, nos põe a contemplar a maravilha a frente.
- Você é Poeta?..
- Não! Apenas escrevo para distrair a mente.
- Posso chegar mais perto?..
- Claro! Está com frio?..
- Um pouco. Tem algo em mente para aquecer-me?..
Naquele momento inúmeras formas passaram pela minha cabeça, mas,:
- Pegue minha jaqueta...
- E você?..
- Não estou com tanto frio assim...
- Não é justo. Espere, vou chegar mais perto, assim, nos aquecemos...
Ela veio para mais perto encostando todo seu corpo no meu. Aquele calor, aquele cheiro, aquele cabelo, toda uma formula bem manipulada pelas Bruxas da luxúria, tomou conta da minha sanidade dando margem a pensamentos maiores de 18 anos.
- Esta bom assim? Não esta incomodando?..
- De forma alguma. Pode até chegar mais se quiser...
- Hum! Eu estou pressentindo uma ideia intencional?..
- Eu deveria?..
- Me fale você.
Ela se afastou do meu peito, virou a ponto de ficar frente a frente, olhou-me nos olhos, e, disse:
- Vamos lá, me fale. Tem alguma coisa passando nesta sua cabeça que eu deveria saber?..
- Bom. Passando está. Agora se devo revelar é outros quinhentos...
- Bem, então, acho melhor devolve-lhe a jaqueta. Afinal, isso pode nos fazer mal...
Ainda olhando em seus olhos castanhos claros, mirei seus lábios rosado e aventurei-me a rouba-lhe um beijo. Feito o erro, ao me afastar, ela pôs a sua mão na minha nuca levando-me a beija-lhe mais uma vez retribuindo-o sem culpa. A noite foi passando e quando dei por mim, estavamos abraçados sem nenhum pudor, deixando a mostra todo segredo e mistérios expostos para serem desvendados, bem, quanto ao resto, deixo para quem ler, completar o texto...
Texto: Quando o Amor Acontece.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 03/05/2024 às 08:28