Entre bocetas e letras. Na frente, atrás, no meio, em cima e embaixo.

Lavievski queria sair da casca endossada pelo desespero social da acomodação, e do tédio acachapante dos acordos morais de uma legislação monogâmica a priori, que nunca era respeitada a posteriori.

Tanto urdiu seus esforços, que finalizou num arabesco de sucesso! E partiu , o frescário Lavievski, para toda sorte de partes íntimas que lhe fremiam, intumescidas, a frente. Soltava, o libertino: basta dizer-lhes um oi, mes ami! Todas estão ávidas, em sinergia natural, por um simplório, mas honesto, oi.

Depois, é só coser os os fios que estão aí para manufaturar o intercurso e aguardar, pouco, pelo sobretudo pesado da concupiscência!!

Havia, em Lavievski, apenas um gosto que ombreava ao seu interesse por vulvas úmidas. A leitura dos grandes da História das letras, que faziam a personagem com nome, deste textículo, uivar de sofreguidão na antessala de uma experiência com as linhas nascidas da pena de um gigante qualquer.

Foi lá, ao fim daquele ano que, como todo, não passa de uma película rasurada de uma vida sem nada além do presente, que Lavievski, este senhor degenerado, de bolsos gordos em cupidez orgulhosa, conheceu Ariadna. Nádegas roliças e rijas, seios diminutos em firme resolução pelo tônus certo, quadris balouçantes, rosto sem flerte com a gravidade, olhos grandes e solares, é cabelos de um escuro imperscrutável.

No corredor de uma biblioteca pública que abrigava em suas entranhas obras atemporais de sujeitos afetados pelo sabor amargo da genialidade. Lá, nos eixos de uma dimensão cediça aos nossos sentidos, Lavievski disse o indefectível oi! Lá, Ariadna deixou claro nem precisar.

Como estavam a buscar redenção numa vida incrível, só se foi possível testemunhar os fluídos corporais no chão, após os sons libidinosos que alcançaram a todos os poucos que costumam visitar tal endereço.

E, juram: tudo foi acordado. Na frente, no meio, em cima e embaixo.