RIO DE AMOR (microconto)
Antonio, serenava em sua rede ao cair da noitinha, tinha o coração em paz como sono de bebê, a mente fresquinha como a água do seu amigo rio. Acordava quase na rosada madrugada para a labuta, trabalhava cercado de verdes exuberantes sob um céu de limpo anil, ouvindo o gorgear dos passarinhos, o marulhar das águas do rio amigo, na pausa do almoço observando o brotar d'uma flor e o vingar dos frutos nativos, cumprida a meta do dia voltando para casa, cansado e grato pela saúde e capacidade para o trabalho. Imaginando com satisfação a recepção que teria em sua chegada, sua Juli loura que o Sol fez morena, com doçura o receberia com um suco gelado de cupuaçú e um caloroso beijo, os meninos Fábio e Israel ainda molhados do banho no amigo rio e os latidos festivos do vira-latas 'Fuleiro'. Uma sensação de estar chegando num verdadeiro lar e assim era. A felicidade reinava em cada pequeno detalhe, no prato farto, na simplicidade florida da decoração, no balouçar da rede na varanda branqueada repleta de flores, no sono tranquilo das crianças depois de feitas as lições e orações da noite, no calor ardente da sua Juli e na Lua prateada que cobria a sua casa acompanhada das estrelas mais brilhantes. Com a mão de Deus sobre tudo e o amor puro e verdadeiro pulsando em suas veias, só podia desejar que o Paraíso fosse ao menos metade disso, quando fizesse n'um dia bem distante, a sua última viagem.
* Imagem - Fonte - Google
* pexels.com
Antonio, serenava em sua rede ao cair da noitinha, tinha o coração em paz como sono de bebê, a mente fresquinha como a água do seu amigo rio. Acordava quase na rosada madrugada para a labuta, trabalhava cercado de verdes exuberantes sob um céu de limpo anil, ouvindo o gorgear dos passarinhos, o marulhar das águas do rio amigo, na pausa do almoço observando o brotar d'uma flor e o vingar dos frutos nativos, cumprida a meta do dia voltando para casa, cansado e grato pela saúde e capacidade para o trabalho. Imaginando com satisfação a recepção que teria em sua chegada, sua Juli loura que o Sol fez morena, com doçura o receberia com um suco gelado de cupuaçú e um caloroso beijo, os meninos Fábio e Israel ainda molhados do banho no amigo rio e os latidos festivos do vira-latas 'Fuleiro'. Uma sensação de estar chegando num verdadeiro lar e assim era. A felicidade reinava em cada pequeno detalhe, no prato farto, na simplicidade florida da decoração, no balouçar da rede na varanda branqueada repleta de flores, no sono tranquilo das crianças depois de feitas as lições e orações da noite, no calor ardente da sua Juli e na Lua prateada que cobria a sua casa acompanhada das estrelas mais brilhantes. Com a mão de Deus sobre tudo e o amor puro e verdadeiro pulsando em suas veias, só podia desejar que o Paraíso fosse ao menos metade disso, quando fizesse n'um dia bem distante, a sua última viagem.
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