O SOL PARTICULAR DE APARECIDA (dedicado aos autores Norma Aparecida Silveira de Moraes e Fábio Brandão e outros conhecidos poetas do Recanto
Aparecida era realmente assim, quando surgiu com seu irmão Fábio, em Córrego das Cidreiras foi um alvoroço, moça pequenina, do tipo mignon, boquinha rosada e um olhar de alegria que iluminava tudo à sua volta. Fábio seu irmão era padre e viera substituir o velho e querido Padre Francisco cuja idade avançada exigia seu afastamento, a bem dizer contra a sua vontade, por ele não sairia daquele altar, mas, realmente era necessário, já não celebrava missas inteiras, esquecia o nome de alguns fiéis. Num batizado declarou em alto e bom som
- Pode beijar a noiva
O que rendeu muitas risadas e também preocupação.
A casinha onde ele iria ficar, era bem próximo ao Posto de Saúde e em frente à Praça da Flores. Dona Augusta e D. Aila as mais doces beatas cuidariam do que ele precisasse, estava em boas mãos.
Fábio era um jovem padre, bonito, simpático e as solteiras da cidade estavam loucas para desvirtuá-lo, mas, a fé que habitava aquele rapaz era inabalável. Jurara ao pé da cama de sua mãe que ele não abdicaria do sonho mútuo, dele e dela, sua alma pertencia ao Senhor.
Com os dias passando, a cidade já se habituara àquele jovem padre de palavras sábias, apesar da pouca idade, Deus lhe dera o dom da palavra e a sua fé abnegada o guiava, tudo corria como esperado, talvez até mais.
Aparecida também já estava adaptada à rotina, cuidar da casa, do irmão, ajudar na catequese dos pequenos e nos momentos de folga doava a sua alegria, para os idosos e crianças que se divertiam na praça. Jogava dominó com os velhinhos, brincava de roda, pulava amarelinha, mas, quando corria sorrindo com as crianças atrás do pipoqueiro, parecia que o Sol se esquecera de começar a dormir ao final da tarde, como se tornara 'essencial' para àquelas pessoas.
Fábio sabia que ela era encantadora, mas, andava de olho no jovem Miguel, filho do Seu Antonio da quitanda, que aos seus sermões pouco ouvia, só tendo olhos para Aparecida. Cuidado e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém, já diziam os antigos. Já tinha percebido também, que Aparecida não desviava o olhar, agora era deixar Deus alinhavar os seus destinos se assim fosse a Sua vontade.
Um ano se passou tão célere que Fábio se espantou quando D, Augusta e D. Aila lhe perguntaram a que horas deviam chegar no Domingo trazendo o Padre Francisco, para lhe auxilar na missa das sete horas. Estranhou, então, elas informaram que iriam comemorar um ano de sua chegada.
Bem que Aparecida andava atarefada na cozinha e na última missa do dia, sentiu que as mulheres estavam meio afoitas, agora estava entendendo, preparavam um lanche para comemorar com a pequena comunidade depois da missa seu primeiro ano de cuidado com seu rebanho pastoral, ficou feliz antecipadamente.
A semana foi frenética, em várias casas, mulheres e moçoilas se empenhavam no preparo de quitutes, algumas mais interessadas em saber o que mais agradaria ao paladar de Fábio, por sabor tudo certo, mas, no mais não tinham a menor chance.
O salão ao lado da Igreja estava perfumado que só, tantos pratos deliciosos estavam dispostos no mezão montado, compotas de frutas, vários pães inclusive recheados de queijo e linguiça, leite maltado, limonada, refresco de groselha, biscoitos de nata, bolos de milho, côco e goiaba, os empadões de pato de Aparecida, os famosos quindins e pastéis de carne de D. Augusta e os biscoitinhos de queijo e bacon de D. Aila. O Padre Francisco e o Seu Antonio levaram vinhos, a missa foi animada, com cânticos lindos em louvor ao Pai. O sermão do Padre Fábio foi sobre relações de família e como sempre foi perfeito, ele tinha o dom da palavra.
Quando foram para o salão, tiveram uma surpresa, o pipoqueiro Zézinho trouxe o violão e puxou umas modinhas bem conhecidas, todos adoraram. Fábio beijando a testa de sua irmã, disse que tinham sido abraçados pela cidade, seriam felizes ali, com ou sem Miguel...Aparecida enrubesceu e seu sorriso solar clareou o salão...já não escondia seu interesse pelo rapaz doce e trabalhador...Fábio fazia gosto naquele relacionamento...queria sobrinhos correndo pela casa para aumentar sua pequena família, Deus já alinhavara os destinos, faltavam apenas os arremates.
*Imagem - Fonte - Google
*queimadasacontece.wixsite.com
Aparecida era realmente assim, quando surgiu com seu irmão Fábio, em Córrego das Cidreiras foi um alvoroço, moça pequenina, do tipo mignon, boquinha rosada e um olhar de alegria que iluminava tudo à sua volta. Fábio seu irmão era padre e viera substituir o velho e querido Padre Francisco cuja idade avançada exigia seu afastamento, a bem dizer contra a sua vontade, por ele não sairia daquele altar, mas, realmente era necessário, já não celebrava missas inteiras, esquecia o nome de alguns fiéis. Num batizado declarou em alto e bom som
- Pode beijar a noiva
O que rendeu muitas risadas e também preocupação.
A casinha onde ele iria ficar, era bem próximo ao Posto de Saúde e em frente à Praça da Flores. Dona Augusta e D. Aila as mais doces beatas cuidariam do que ele precisasse, estava em boas mãos.
Fábio era um jovem padre, bonito, simpático e as solteiras da cidade estavam loucas para desvirtuá-lo, mas, a fé que habitava aquele rapaz era inabalável. Jurara ao pé da cama de sua mãe que ele não abdicaria do sonho mútuo, dele e dela, sua alma pertencia ao Senhor.
Com os dias passando, a cidade já se habituara àquele jovem padre de palavras sábias, apesar da pouca idade, Deus lhe dera o dom da palavra e a sua fé abnegada o guiava, tudo corria como esperado, talvez até mais.
Aparecida também já estava adaptada à rotina, cuidar da casa, do irmão, ajudar na catequese dos pequenos e nos momentos de folga doava a sua alegria, para os idosos e crianças que se divertiam na praça. Jogava dominó com os velhinhos, brincava de roda, pulava amarelinha, mas, quando corria sorrindo com as crianças atrás do pipoqueiro, parecia que o Sol se esquecera de começar a dormir ao final da tarde, como se tornara 'essencial' para àquelas pessoas.
Fábio sabia que ela era encantadora, mas, andava de olho no jovem Miguel, filho do Seu Antonio da quitanda, que aos seus sermões pouco ouvia, só tendo olhos para Aparecida. Cuidado e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém, já diziam os antigos. Já tinha percebido também, que Aparecida não desviava o olhar, agora era deixar Deus alinhavar os seus destinos se assim fosse a Sua vontade.
Um ano se passou tão célere que Fábio se espantou quando D, Augusta e D. Aila lhe perguntaram a que horas deviam chegar no Domingo trazendo o Padre Francisco, para lhe auxilar na missa das sete horas. Estranhou, então, elas informaram que iriam comemorar um ano de sua chegada.
Bem que Aparecida andava atarefada na cozinha e na última missa do dia, sentiu que as mulheres estavam meio afoitas, agora estava entendendo, preparavam um lanche para comemorar com a pequena comunidade depois da missa seu primeiro ano de cuidado com seu rebanho pastoral, ficou feliz antecipadamente.
A semana foi frenética, em várias casas, mulheres e moçoilas se empenhavam no preparo de quitutes, algumas mais interessadas em saber o que mais agradaria ao paladar de Fábio, por sabor tudo certo, mas, no mais não tinham a menor chance.
O salão ao lado da Igreja estava perfumado que só, tantos pratos deliciosos estavam dispostos no mezão montado, compotas de frutas, vários pães inclusive recheados de queijo e linguiça, leite maltado, limonada, refresco de groselha, biscoitos de nata, bolos de milho, côco e goiaba, os empadões de pato de Aparecida, os famosos quindins e pastéis de carne de D. Augusta e os biscoitinhos de queijo e bacon de D. Aila. O Padre Francisco e o Seu Antonio levaram vinhos, a missa foi animada, com cânticos lindos em louvor ao Pai. O sermão do Padre Fábio foi sobre relações de família e como sempre foi perfeito, ele tinha o dom da palavra.
Quando foram para o salão, tiveram uma surpresa, o pipoqueiro Zézinho trouxe o violão e puxou umas modinhas bem conhecidas, todos adoraram. Fábio beijando a testa de sua irmã, disse que tinham sido abraçados pela cidade, seriam felizes ali, com ou sem Miguel...Aparecida enrubesceu e seu sorriso solar clareou o salão...já não escondia seu interesse pelo rapaz doce e trabalhador...Fábio fazia gosto naquele relacionamento...queria sobrinhos correndo pela casa para aumentar sua pequena família, Deus já alinhavara os destinos, faltavam apenas os arremates.
*Imagem - Fonte - Google
*queimadasacontece.wixsite.com