VERDANA & OS ANJOS CAÍDOS
(Dedicado à poetisa Verdana Verdannis)
Rosa e Fábio eram duas pessoas bondosas, caridosas e generosas, espalhavam o bem com fartura sem olhar raça, credo ou gênero, todos para eles eram irmãos em Cristo, filhos de Deus merecedores de cuidado e incentivo. Se por alguma razão não pudessem fazer o bem diretamente, tampouco viravam as costas, achavam um jeitinho de auxiliar a pessoa através de outra, só para deitarem suas cabeças nos travesseiros, suas nuvens de satisfação e tranquilidade. Muitos os consideravam 'anjos caídos' do céu.
Verdana era uma moça muito devota, orfã desde dezoito anos, nada herdara de seus pais exceto um lotinho de terra com uma meia água em cima, um cômodo com um fogão à lenha, um banheirinho, uma cama, uma mesa com duas cadeiras, um armário de duas portas, uma pia com um armário embaixo e um cãozinho viralata muito afetivo, de nome Malhado, por ser marrom e com uma orelha branca. Como o imóvel exigia alguns gastos, ela sozinha precisava fazer alguns trabalhos para se sustentar, lavava e passava roupas para duas famílias, fazia pães de milho recheados de linguiça, os quais vendia na saída da missa de Domingo e aos sábados ajudava D. Maria Augusta na feira, ela já estava idosa e as caixas de tomate e batatas andavam cada vez mais pesadas para ela. Também era uma ajuda para o sustento de Verdana, pois D. Augusta era muito generosa com sua paga, praticamente metade das despesas dela, uma benção dos céus.
Num Novembro chuvoso, ao chegar à casa de D. Maria Augusta, mesmo depois de muitas batidas na porta e palmas, a idosa não atendeu, preocupada com ela, Verdana buscou ajuda com os vizinhos e com certo esforço conseguiram abrir a casa dela. A cena entristeceu a todos, caída no chão atrás da porta estava o corpo de D. Augusta, vestida para o trabalho, com chaves e bolsinha na mão, pareceu-lhes que ela tivera um mal súbito no instante em que saia de casa. Seu rosto estava sereno, ao menos não morrera em sofrimento. Como era sozinha no mundo, o Padre Antonio, Rosa e Fábio, se encarregaram de tudo e após os trâmites fúnebres, doaram muitos de seus pertences a quem precisava e fizeram uma quermesse em sua homenagem, destinando como prêmios de algumas brincadeiras, suad geladeira e fogão , além de organizarem um bingo na igreja, tendo a pequena caminhonete de trabalho na feira como prêmio, sendo o valor arrecadado, usado para uma obra na capela e para compras de cestas básicas para carentes, Verdana recebeu uma também.
Os meses foram passando e num Domingo comum de trabalho, Verdana sofreu um acidente grave. Estava ela vendendo seus pães em frente à Igreja, quando um motoqueiro irresponsável a atropelou sobre a calçada e ela ficou seriamente ferida. Fábio e Rosa chamaram a ambulância e não saíram do seu lado até sua transferência para o quarto. Ela precisou ser operada, mas, perdera o movimento de uma das pernas, também teve a mão direita muito afetada e por esta razão, seria difícil ela voltar a trabalhar tão cedo. Assim que melhorou um pouco as preocupações começaram a consumí-la, pensava também em Rufos, no que foi tranquilizada por Fábio, que o levara para sua casa.
Rosa se desdobrava nos cuidados com Verdana, logo que ela foi pra casa, praticamente virou sua enfermeira. Fábio ia todos os dias cuidar, alimentar e brincar com Rufos, pareciam uma família, mas eram meros conhecidos, seu elo de ligação era a Igreja e o amor ao próximo que todos praticavam
Só que as contas se acumulavam e pagá-las transtornava a mente de Verdana, que ainda não podia trabalhar e ainda teria que aprender a usar a mão esquerda. Os 'anjos caídos" tiveram uma ideia, pedir doação na internet, para suprir as necessidades dela por alguns meses e graças à Deus é a solidariedade de conhecidos e desconhecidos, conseguiram o montante e até um pouco mais. Gravaram um vídeo de Verdana, agradecendo o apoio e comunicando a doação do excedente, para obras sociais de duas cidades próximas que também necessitavam de auxílio, o bem pelo bem gera um bem ainda maior.
Com a ajuda dos 'anjos caídos', a vida de Verdana seguiu seu curso com as modificações em função de suas impossibilidades ortopédicas, mas, ela era uma guerreira. Se este conto será do tipo...felizes para sempre...caberá aos desígnios Divinos.
*Imagem - Fonte - Google
*eternamagiamistica.blogspot.com
(Dedicado à poetisa Verdana Verdannis)
Rosa e Fábio eram duas pessoas bondosas, caridosas e generosas, espalhavam o bem com fartura sem olhar raça, credo ou gênero, todos para eles eram irmãos em Cristo, filhos de Deus merecedores de cuidado e incentivo. Se por alguma razão não pudessem fazer o bem diretamente, tampouco viravam as costas, achavam um jeitinho de auxiliar a pessoa através de outra, só para deitarem suas cabeças nos travesseiros, suas nuvens de satisfação e tranquilidade. Muitos os consideravam 'anjos caídos' do céu.
Verdana era uma moça muito devota, orfã desde dezoito anos, nada herdara de seus pais exceto um lotinho de terra com uma meia água em cima, um cômodo com um fogão à lenha, um banheirinho, uma cama, uma mesa com duas cadeiras, um armário de duas portas, uma pia com um armário embaixo e um cãozinho viralata muito afetivo, de nome Malhado, por ser marrom e com uma orelha branca. Como o imóvel exigia alguns gastos, ela sozinha precisava fazer alguns trabalhos para se sustentar, lavava e passava roupas para duas famílias, fazia pães de milho recheados de linguiça, os quais vendia na saída da missa de Domingo e aos sábados ajudava D. Maria Augusta na feira, ela já estava idosa e as caixas de tomate e batatas andavam cada vez mais pesadas para ela. Também era uma ajuda para o sustento de Verdana, pois D. Augusta era muito generosa com sua paga, praticamente metade das despesas dela, uma benção dos céus.
Num Novembro chuvoso, ao chegar à casa de D. Maria Augusta, mesmo depois de muitas batidas na porta e palmas, a idosa não atendeu, preocupada com ela, Verdana buscou ajuda com os vizinhos e com certo esforço conseguiram abrir a casa dela. A cena entristeceu a todos, caída no chão atrás da porta estava o corpo de D. Augusta, vestida para o trabalho, com chaves e bolsinha na mão, pareceu-lhes que ela tivera um mal súbito no instante em que saia de casa. Seu rosto estava sereno, ao menos não morrera em sofrimento. Como era sozinha no mundo, o Padre Antonio, Rosa e Fábio, se encarregaram de tudo e após os trâmites fúnebres, doaram muitos de seus pertences a quem precisava e fizeram uma quermesse em sua homenagem, destinando como prêmios de algumas brincadeiras, suad geladeira e fogão , além de organizarem um bingo na igreja, tendo a pequena caminhonete de trabalho na feira como prêmio, sendo o valor arrecadado, usado para uma obra na capela e para compras de cestas básicas para carentes, Verdana recebeu uma também.
Os meses foram passando e num Domingo comum de trabalho, Verdana sofreu um acidente grave. Estava ela vendendo seus pães em frente à Igreja, quando um motoqueiro irresponsável a atropelou sobre a calçada e ela ficou seriamente ferida. Fábio e Rosa chamaram a ambulância e não saíram do seu lado até sua transferência para o quarto. Ela precisou ser operada, mas, perdera o movimento de uma das pernas, também teve a mão direita muito afetada e por esta razão, seria difícil ela voltar a trabalhar tão cedo. Assim que melhorou um pouco as preocupações começaram a consumí-la, pensava também em Rufos, no que foi tranquilizada por Fábio, que o levara para sua casa.
Rosa se desdobrava nos cuidados com Verdana, logo que ela foi pra casa, praticamente virou sua enfermeira. Fábio ia todos os dias cuidar, alimentar e brincar com Rufos, pareciam uma família, mas eram meros conhecidos, seu elo de ligação era a Igreja e o amor ao próximo que todos praticavam
Só que as contas se acumulavam e pagá-las transtornava a mente de Verdana, que ainda não podia trabalhar e ainda teria que aprender a usar a mão esquerda. Os 'anjos caídos" tiveram uma ideia, pedir doação na internet, para suprir as necessidades dela por alguns meses e graças à Deus é a solidariedade de conhecidos e desconhecidos, conseguiram o montante e até um pouco mais. Gravaram um vídeo de Verdana, agradecendo o apoio e comunicando a doação do excedente, para obras sociais de duas cidades próximas que também necessitavam de auxílio, o bem pelo bem gera um bem ainda maior.
Com a ajuda dos 'anjos caídos', a vida de Verdana seguiu seu curso com as modificações em função de suas impossibilidades ortopédicas, mas, ela era uma guerreira. Se este conto será do tipo...felizes para sempre...caberá aos desígnios Divinos.
*Imagem - Fonte - Google
*eternamagiamistica.blogspot.com