Alaska
Bem longe, numa montanha bem alta, estava um pequeno chalé; seu telhado estava coberto de neve, as janelas empoeiradas e a lenha com mofo, mas não importava muito.
A porta do pequeno chalé fora aberta com um pouco de dificuldade, afinal aquelas velhas dobradiças não viam óleo a um boom tempo.
A cama fora limpa, as janelas lavadas, a lenha substituída, em pouco tempo, aquele velho chalé estava "vivo", por assim dizer. O fogo da lareira foi aceso e colchões foram postos onde agora estava quente e confortável.
O som da chaleira denunciava o café que acabara de ficar pronto, os biscoitos foram tirados do forno; os lençóis e travesseiros colocados sobre os colchões!
Conversa foi jogada fora por várias horas, risos e sorriso soltos com muita facilidade; a conexão era admirável, afinal, poucos conseguem se comunicar tão bem que, as vezes, só um sorriso chega a ser o bastante.
A gata miava querendo se soltar da bolsa onde ficou confinada por horas de viagem e caminhada, e quando foi solta finalmente esticou as perninhas fofas.
A conversa continuou, e brincadeiras foram iniciadas, até a gatinha acabou por se tornar alvo de brincadeiras.
Logo o sono chegou e os atingiu, se arrumaram, limparam tudo estava sujo e guardaram o que precisava ser guardado; se deitaram e em meio a sorrisos sonolentos e brincadeiras bobas dormiram abraçados.
E naquela montanha no Alaska, naquele pequeno chalé, toda a natureza foi testemunha do sentimento que fora vívido sem malícia, sem exageros, vívido em sua forma mais doce: o amor.
Pequeno sol
08 de outubro de 2019
6:31 p.m.