Caleidoscópio de Sentimentos

sentia um frio de cortar ; nada tinha muito sentido

mundo sem cor, vida sem ar ; ele nunca havia vivido

mas, chegou sem pedir licença ; um azul colorindo o céu

trocou o preto, essa cor intensa ; pelo cinza, este mausoléu

lindo sorriso, era de amar ; destacava o azul concebido

pela luz do seu belo olhar ; o mais belo olhar já nascido

o amarelo então apareceu ; e trouxe uma inexperiência

o coração dele acendeu ; começando o caleidoscópio

demônios aprisionados ; cicatrizes, medos e dores

esses fatores fragmentados ; bloqueavam as outras cores

o tempo em si vinha chegando ; cravos e rosas brotaram

as barreiras iam quebrando ; e novas cores chegaram

mundo em cores, laços jurados ; os lindos olhos sedutores

de azuis incondicionados ; a verdes hipnotizadores

vermelhos o agraciaram ; os brancos sorrisos sinceros

as cores embelezaram ; do infinito caleidoscópio

assim como a luz do luar ; belo era o tempo alvorecido

ele então começou a pensar: ; "haveria um dia chovido?"

as cores, sua renascença ; dos sentimentos era réu

o vermelho em sua presença ; se escondia no sutil véu

a dança deles sobre o mar ; deixava orgulhoso o cupido

um vermelho para raiar ; um vermelho jamais regido

então foi jogado ao léu ; de repente tudo acabou

carrega a dor como troféu ; provindo do caleidoscópio

sofria a maldição de midas ; todo caos o deixou mudo

a sombra das cores vividas ; já não tinham mais conteúdo

lembranças e mágoas contidas ; tornaram-se um tóxico ópio

"um coração partido eu sou ; assim, uma vez mais me iludo"

a quebra das cores tornou ; abstrato seu caleidoscópio