NAQUELA CASINHA

E de repente, nesta manhã de tempo seco, meu coração transbordou em nostalgia quando ouvi uma canção que me fez viajar no tempo.

Naquela casinha pequena, de parede-meia com os vizinhos, residia a felicidade.

As dificuldades não me saltavam aos olhos, somente depois de crescer, consegui perceber algumas coisas.

Mas o que ficou de verdade foi a saudade.

Saudade dos momentos felizes...

Saudade da rotina, da convivência com a família - que naquela época se encontrava mais vezes-, do futebol e do vídeo game com os amigos, saudade da vira-lata mais especial que tive o prazer de conviver.

Sobrevivemos ao temido fim do mundo que aconteceria na virada do século, sobrevivemos ao assustador "bug do milênio", ao apagão de energia elétrica que não apagou nosso amor.

Sobrevivemos, aos trancos e barrancos as vezes, mas sobrevivemos!

Naquela casinha pequena onde já faltou água e luz, nunca faltou afeto!

A gente ia se ajustando como dava...

Entre brigas e reconciliações, a gente se amava!

A saudade tem essa capacidade de fazer a gente perceber o quanto "era feliz e não sabia"!

Olhando para trás, eu percebo que não é preciso muito para se ter uma vida feliz: Basta ter por perto àqueles que amamos e uma casinha que, mesmo pequena, sempre cabe mais um!

Diego Dias
Enviado por Diego Dias em 09/09/2019
Reeditado em 09/09/2019
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