Estrela Brilhante
Era arriado os quatro pneus por uma morena. Quando a via passar na praça, gingando naturalmente, aquele balanço era seu jeito de andar não havia nenhum exagero, ele tremia nas bases. E ficava puto com aqueles que a cobiçavam e a apelidavam de pecado ambulante, alguns ate se enxeriam mas sem nenhum sucesso. Sabia que a morena não lhe era indiferente, mas a timidez lhe devorava, não tinha coragem de abordá-la. O flerte, por assim dizer, se circunscrevia apenas à troca de olhares. às vezes ela até ria para ele, mas ocara ficava aparvalhado, fascinado, alegre, mas paralisado.
Isso durou até o dia que, de repente, aconteceu uma chuva torrencial e foi justamente na hora que a morena estava passando, ela ficou se amparando no coreto da praça, todos se abrigaram nas casas e lojas, mas ele preocupado com a morena correu até um boteco e arrumou um guarda-chuva, saiu correndo e quis entregá-loa ela, mas a morena rindo, lhe disse que era melhor ele acompanhá-la até em casa, assi não precisaria voltar e devolver o guarda-chuva, ele concordou e saíram juntinhos na chuva. Foi o começo de um grande amor. Apesar de ser dia. à noitinha na mesma praça, a chuva fora embora e havia muitas estrelas no céu, um dos admiradores da morena roendo de inveja do carinha tímido repetiu o verso de um samba: - É Deus que aponta a estrela que tem de brilhar". Inté.