Não somos mais os mesmos de 10 dias atrás

Tudo parecia nos conformes: você, doce, com seu sorriso atraente, fazendo com que eu confiasse em mim mesma novamente.

Eu, boba, caindo de amores por ti, achando que o futuro seria brilhante e promissor se continuássemos unidos depois de tudo o que me ocorreu.

Olhar nos seus olhos grandes e escuros, fazia minha insegurança ir embora e eu me sentia confiante quando a minha cabeça encostava no teu peito. Nada daquilo parecia real para mim, depois do que eu sofri por alguém que não queria nada do que eu ofereci.

Eu sofri quando terceiros foram embora e levaram de mim toda essa confiança.

Vivi com medo por tempos e tive medo de viver o que durava mais de um instante.

Então, você surgiu. Por acaso e por conta dele, eu tive você tão perto.

Parecia ironia da minha cabeça, mas não era. Era o que eu sentia no instante seguinte ao que eu permitia sentir e ao que você me fez, em tão pouco tempo. Talvez fosse a forma com que você me falava do mundo, de ti, de todos e de tudo. Eu achei que seria diferente...

Então, os dias passaram e tudo mudou. Um turbilhão de palavras sujas, demonstrando algo que eu não estava esperando ouvir, mas fingi que não fossem reais, fosse apenas um devaneio seu, um distúrbio. Fosse apenas um dia ruim...

Não era.

Era mais que isso: era quem você realmente era.

Do ser mais lindo ao mais doloroso.

Do sentimento mais lindo ao mais tenebroso.

Do sonho mais bonito ao pesadelo mais horroroso.

Doeu em mim, não como antes, mas como sempre. Eu, entregando algo de mim, achando que não me machucaria, mas, novamente, quem voltou a não sorrir?

Eu senti tanto que nem sei bem como fui capaz de segurar o choro.

Eu ainda seguro o choro.

Não foi amor, nem paixão, mas tinha tudo para ser.

Quase foi.

Ou nem chegou perto do quase.

Eu vivi intensamente, escutei as suas palavras frequentemente, assenti a todos os seus toques, seus beijos e tudo que viriam depois deles.

Eu vivi, por pouco tempo, o mundo com você.

Bruscamente, você foi embora.

E agora, como eu fico?

E então, para onde eu vou?

Onde fica o caminho de volta?

Como eu saio daqui?

Como eu vou para longe de ti, te querendo tão perto de mim?

Como eu vou conseguir?

E então, como eu vou suportar?

Ainda não consigo te deixar...

Ir.

Jarbas S
Enviado por Jarbas S em 22/07/2018
Código do texto: T6397469
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