Jenny Lee
Penny Lane era o apelido de Jenny Lee, uma menina extremamente alegre e extrovertida, além do seu tempo. Seu jeito rebelde não agradava a muitos e era uma afronta à sociedade norte-americana dos anos sessenta. Sua paixão alucinada pelo rock and roll e principalmente pela Janis Joplin, a impulsionava a não desistir do seu sonho de ter uma Banda de rock e percorrer o mundo. Inconformada com o sistema e as enfermidades do mundo, ela encontrava nos acordes distorcidos da sua guitarra a esperança de um mundo melhor. Como a maioria dos adolescentes da década de 1960, ela amava os Beatles e os Rolling Stones e se inspirava nos seus maiores ídolos para seguir em frente, dia após dia. Motivada sempre pela música e pelas canções de protesto, Penny Lane buscava um parceiro ou uma parceria para musicar as suas poesias e assim quem sabe, estaria formado o embrião da sua Banda, até então sem nome. Filha de pais conservadores, Penny Lane certamente não era a filha que eles pediram a Deus. Seu pai era um dos cirurgiões mais renomados dos Estados Unidos da América e sua mãe, professora de filosofia e psicóloga. Sendo assim, seu pai queria que ela se formasse em medicina de qualquer maneira, mas Penny Lane tinha uma personalidade à la John Lennon e sabia muito bem o que queria, não se deixando intimidar por ninguém. No final de 1966 após terminar os estudos, Penny Lane decidiu que iria abandonar o colégio, para desespero e decepção total da sua família. Principalmente do seu pai, que jurou deserdá-la. Alguns meses se passaram e em Junho de 1967, dois dias após os Beatles lançarem aquele que se tornaria o maior e mais importante álbum da história da música, Penny Lane desembarcou em Londres, determinada a realizar o seu maior sonho, que era poder ver os Beatles de perto e ela não sossegaria enquanto não conseguisse. Londres naquela época, era o lugar aonde qualquer ser humano de bom senso desejaria estar, tudo parecia acontecer ali. E à essa altura, Penny Lane era mais uma das Apple Scruffs acampadas na frente dos estúdios Abbey Road. Não demorou muito e ela conseguiu ver, porém não tocar nos seus maiores ídolos, registrando para sempre na lembrança e em fotografias esse momento inesquecível. Tempos depois ela voltou à América, preparada para enfrentar a fúria do seu pai e continuar a buscar o seu sonho...
SJP, 17/07/16