Uma vez, sobre amor
Uma vez me disseram que a vida é fácil. Mas ela não é.
Uma vez me disseram que a gente só é magoado se deixar-se ser magoado. Mas a gente é magoado sem nem ao menos perceber.
Uma vez me disseram que o que importa são riquezas matérias. Mas para mim o que sempre foi a maior riqueza é poder ter a oportunidade de ver o por do sol em uma montanha com alguém.
Uma vez me disseram que a dor sempre passa. Mas não me disseram que havia exceções.
Uma vez me disseram que liberdade é tudo. Mas não adianta ter liberdade e não saber usá-la. Ou não tê-la, mas merecê-la com todas as forças.
Uma vez me disseram que quando me sentisse triste era para eu sair, me divertir. Mas quando fico eu apenas me isolo no quarto, ouço música que me deixam pior e encaro a escuridão.
Uma vez me disseram que a solidão era um problema das pessoas com distúrbios. Mas hoje já percebi que a solidão vive dentro de cada um, mas de forma diferente.
Uma vez disseram para não me apaixonar. E eu me apaixonei, e foi bom, foi ruim, foi uma aventura, e no final eu percebi o por quê do conselho.
Uma vez me disseram que o amor é algo que poucos tem a capacidade de sentir verdadeiramente. Eu fui o que teve a capacidade, mas apenas me magoei.
Acho que o amor é isso. É altos. É baixos. É felicidade. É tristeza. É um fogo ardente. É um frio latejante. É uma mistura de sensações inexplicáveis. É ouvir. É dizer. É acima de tudo ter paciência, pois o amor é um fio frágil, fácil se quebra. O amor é o vilão e o mocinho. O amor é tudo.