01 de Dezembro de 1999

Estou aqui hoje para contar nossa história, espero que não se importe, prometo só citar momentos em que você foi o cavalheiro da história.

01 de dezembro de 1999 esse poderia ser mais um dia qualquer na minha rotina de trabalho - faculdade – casa, mais justamente nesse dia resolvi sair um pouco mais cedo de casa para poder ir em uma charmosa cafeteria na Av. Paulista, sentei em uma mesa perto da rua para que eu pudesse ver o movimento dos carros e das pessoas, e comecei a observar o mundo la fora, de repente a porta se abriu e em segundos eu perdi o ar, um moço alto, forte, meio cheio de si, mais com um olhar devorador, fiquei sem graça quando você me olhou, porque percebi que havia derrubado café na mesa, você sorriu, e logo depois percebi que essa era a impressão que você causava nas mulheres, deixava elas paralisadas perante sua presença, peguei um guardanapo limpei a sujeira do café e continuei observando a rua, e do nada ouço alguém perguntando se podia fazer companhia para mim, já que eu parecia solitária, não consegui dizer não, e você se apresentou:

_ Prazer, meu nome é Marcos, vi você sozinha olhando para a multidão, pensei que poderia querer uma companhia.

- Oi, Marcos, me chamo Paula, eu gosto de observar as pessoas, é sempre interessante tentar adivinhar o que elas estão pensando, para onde estão indo, mais fico feliz pela companhia.

Não preciso dizer onde esse café terminou né, Marcos sempre tão fugaz me convidou para sair e eu aceitei, já que ele era bonito/interessante/galanteador, saímos para jantar em um restaurante mexicano e depois fomos assistir a um filme policial, ( sempre detestei filmes policiais, mais era o Marcos e ele valia a pena ) no final da noite, ele me levou para casa e na despedida me deu um beijo, aqueles de tirar o folego sabe, aqueles que da vontade de repetir a dose.

Semanas se passaram até o dia em ele resolveu me pedir em namoro, claro que eu aceitei, estava apaixonada por ele, e ele por mim, disso eu tinha certeza. Vivemos dias lindos, viajamos para Paris/Miami, conhecemos várias culturas diferentes até que voltamos para São Paulo e a rotina de trabalho/faculdade/casa/Marcos começou a ficar esgotante. Até que o Marcos resolveu pedir um tempo, pois ele estava em dúvidas em relação ao seus sentimentos por mim, e eu disse:

- Desculpa Marcos, mais não gosto dessa história de “dar tempo”, se você tem dúvidas, é porque não senti mais o mesmo por mim, acho melhor a gente seguir caminhos diferentes, amo você, mais será melhor assim.

Terminamos, eu sofri bastante, fiquei semanas com aquela dor que parecia que alguém tinha arrancado meu coração fora, mais depois de 4 semanas e 5 dias, aquele sentimento todo passou, e eu consegui seguir em frente.

12 de fevereiro de 2001 resolvi passear pelo parque Ibirapuera, além de observar as pessoas, eu adorava correr ao ar livre, fiz 5 km de corrida e meu cadarço desamarrou, agachei para amarrar e quando levantei trombei em um rapaz, era ele, alto, forte, meio cheio de si, e com aquele olhar devorador que eu conhecia muito bem, Marcos sorriu para mim e eu sabia que mais uma vez ia me apaixonar por ele, exatamente como na primeira vez.

Beatriz Barbirato
Enviado por Beatriz Barbirato em 31/01/2015
Reeditado em 31/01/2015
Código do texto: T5120655
Classificação de conteúdo: seguro