A Arte Era Seu Coração
Ele a contemplava como uma obra de Renoir. Mas ele nada sabia de arte Era rude e sem visão , obscurecido pela racionalidade.Mas olhando-a ele revivia memórias desconhecidas .Ele não compreendia porque ela o fascinava assim. Para ele, ela era mais uma tela comum.Mas intrigava os mais indoutos , os mais arrogantes se rendiam àquela beleza, os mais céticos entregavam a ela sua fé, pois ela tinha uma tinta púrpura celeste que tingia sua vida quando o céu já havia escurecido. Era uma magia que iluminava sua obra. Sua função era perpassar aquele mundo medíocre e seguro. Ela largava sua utilidade para se entregar ao símbolo.
Era uma composição perfeita composta de cores ajustadas a um universo que ele tanto temia Sua arquitetura era uma poesia sem tradução, composta de imagens desconhecidas , um filme sem legenda..O segredo de sua interpretação não estava em suas mãos. Pura maestria. Era produto da imaginação de quem deseja o inatingível .Não cabia a ninguém entender aquela estética.Este era o seu conceito. Por isso, ele não poderia comprá-la e nunca iria possuí-la. Seu significado não cabia no universo dele. Então, ele se desesperava e a depreciava para poder adquiri-la a baixo preço- tamanha mediocridade era sua existência. Mas isso jamais aconteceria!!
Seus traços já haviam sido esculpidos em cavernas na era paleolíticas, e agora se instalava entre o rio Sena e Rue de Rivoli.
Rembrandt, Michelangelo a adoravam .E, isso ele não entendia, pois sua vida se limitava ao universo dos símbolos virtuais. Os rios Tigre e Eufrates viram sua beleza. Os Renascentista acordavam para contemplá-la. Mas sua nação e seu paraíso era o Romantismo.Lugar de sua origem era onde fosse possível encarnar seu coração num outro pulsar até bombar de aflição e ser inteira(mente) humana.Mas ele errou seu coração e perdeu ...
Sábado, 25 de janeiro de 2014