O SERTÃO E A PEQUENA SEMENTE
Em 1932 foi um ano fracassado e miséria, todos os camponeses não tiveram êxito em suas colheitas, inclusive meus pais.
Muitas famílias venderam, outros abandonaram o pouco que tinham para irem em busca de novas conquistas, em busca de sobrevivência, porque daquele lugar não se esperava mais nada. A muito tempo que não chovia naquela região, para quem fez estoques de alimento não via preocupações, aos demais eram só angústias, lástimas e desespero. Quase ficamos a sós naquele sertão apavorante e miserável, longe das cidades grande, a mais próxima era de 205 km, ficava em direção ao sol nascente. Eu já com nove anos de idade, vestia calças feita de sacos e botas de couro confeccionado pelo meu pai, sempre obediente ao que ele dizia. E ali ficamos lutando contra todos os obstáculos, as vezes via minha mãe chorar, meu pai com a cabeça baixa, enfim; meu coração cortava ao meio! Um certo dia meus pais estavam sentado a mesa tomando café da tarde, e ali vi minha mãe fazer comentários sobre a minha irmãzinha doente, seus olhos encheram de lágrimas.
Saí então para fora de casa na inocência de menino, sem saber oque poderia fazer. Mas naquele momento vi entrando no carreador, um carroção de boi vindo em nossa direção, saí gritando para meus pais, vem chegando alguém! Logo saíram de dentro da casa para ver os visitantes, saí correndo na frente e eles vindo atrás, era novidades receber pessoas diferentes. Foi chegando aquele carroção, e em cima dele estava um senhor muito simpático e uma senhora sorridente, foram se aproximando e direcionando os animais a parar. Mas para minha surpresa avistei na parte detrás uma menina de cabelos louros e o vento assoprava e suas madeixas escondia aquele lindo rosto, sua timidez era estampada, seu olhar era com ternura, fiquei olhando à ela e recebi um lindo sorrisinho, meu coração disparou! Então foram se passando meses, anos e tudo mais. Logo estávamos com vinte anos, e minha memória não esquecia daquele sorriso encantador. Um belo dia fiz um convite a ela para cavalgar pelo campo. Foi pronto a aceitar, chamei-a pelo nome Beth, e a Beth apareceu sorrindo na porta, sim vamos! E lá estava meu grande amor sentado sobre aquele animal, sempre tímida e sorrindo. Caminhando pelo campo, sempre trocando nossos olhares! Foi quando disse a ela; quero namorar com você!
Vi naquele momento seu rosto pegar fogo de vergonha. Ela foi forte, e nos aproximamos um do outro meio tremulo e ela disse; quando te vi pela primeira vez, eu tinha oito anos, estava em cima da carroça de boi , senti um calafrio que até hoje não sei te explicar, agora estou entendendo tudo como era para ser! Quero ser sua desde agora e sempre! Foi um casamento muito lindo, ela parecia um anjo que tinha descido do céu aquele dia!
Toda semente que planta, nasce, e para dar frutos precisa regar!
BEIJOS!
Sidnei Pimenta
Em 1932 foi um ano fracassado e miséria, todos os camponeses não tiveram êxito em suas colheitas, inclusive meus pais.
Muitas famílias venderam, outros abandonaram o pouco que tinham para irem em busca de novas conquistas, em busca de sobrevivência, porque daquele lugar não se esperava mais nada. A muito tempo que não chovia naquela região, para quem fez estoques de alimento não via preocupações, aos demais eram só angústias, lástimas e desespero. Quase ficamos a sós naquele sertão apavorante e miserável, longe das cidades grande, a mais próxima era de 205 km, ficava em direção ao sol nascente. Eu já com nove anos de idade, vestia calças feita de sacos e botas de couro confeccionado pelo meu pai, sempre obediente ao que ele dizia. E ali ficamos lutando contra todos os obstáculos, as vezes via minha mãe chorar, meu pai com a cabeça baixa, enfim; meu coração cortava ao meio! Um certo dia meus pais estavam sentado a mesa tomando café da tarde, e ali vi minha mãe fazer comentários sobre a minha irmãzinha doente, seus olhos encheram de lágrimas.
Saí então para fora de casa na inocência de menino, sem saber oque poderia fazer. Mas naquele momento vi entrando no carreador, um carroção de boi vindo em nossa direção, saí gritando para meus pais, vem chegando alguém! Logo saíram de dentro da casa para ver os visitantes, saí correndo na frente e eles vindo atrás, era novidades receber pessoas diferentes. Foi chegando aquele carroção, e em cima dele estava um senhor muito simpático e uma senhora sorridente, foram se aproximando e direcionando os animais a parar. Mas para minha surpresa avistei na parte detrás uma menina de cabelos louros e o vento assoprava e suas madeixas escondia aquele lindo rosto, sua timidez era estampada, seu olhar era com ternura, fiquei olhando à ela e recebi um lindo sorrisinho, meu coração disparou! Então foram se passando meses, anos e tudo mais. Logo estávamos com vinte anos, e minha memória não esquecia daquele sorriso encantador. Um belo dia fiz um convite a ela para cavalgar pelo campo. Foi pronto a aceitar, chamei-a pelo nome Beth, e a Beth apareceu sorrindo na porta, sim vamos! E lá estava meu grande amor sentado sobre aquele animal, sempre tímida e sorrindo. Caminhando pelo campo, sempre trocando nossos olhares! Foi quando disse a ela; quero namorar com você!
Vi naquele momento seu rosto pegar fogo de vergonha. Ela foi forte, e nos aproximamos um do outro meio tremulo e ela disse; quando te vi pela primeira vez, eu tinha oito anos, estava em cima da carroça de boi , senti um calafrio que até hoje não sei te explicar, agora estou entendendo tudo como era para ser! Quero ser sua desde agora e sempre! Foi um casamento muito lindo, ela parecia um anjo que tinha descido do céu aquele dia!
Toda semente que planta, nasce, e para dar frutos precisa regar!
BEIJOS!
Sidnei Pimenta