I Miss You
Às vezes quando o sol se põe e a lua se assenta em seu lugar, iluminando a bela noite, abrindo o holofote para as estrelas brilharem, sinto a brisa leve bater em meio aos lençóis, subindo o breve aroma do seu doce perfume, mesclado somente a lembranças deixadas de quando você partiu. Ainda procuro entender o quão errado isso foi, ou o quanto errado eu fui. Não levei a sério o bom e velho ditado “o amor é cego”, mas pelo jeito é também surdo e mudo. Não queria ouvir que estava errado, e não assumia o meu erro com singelas “desculpas”.
Às vezes uma simples palavra parte seu orgulho em dois, mas de que adianta ser orgulhoso e no final estar sozinho, olhos fechados, calado. Meditando no que poderia ter sido, no que não foi, ou no que não devia ter acontecido.
Errar, oh cruel lição de vida, que atormenta nosso ego. Me pego em meio ao espelho tocando meus lábios tentando me recordar dos seus, lembrando com carinho uma vida que deixei. Amor, veneno prazeroso e fatal, uma dose a mais põe em risco a saúde, a cabeça, o coração, a vida.
Às vezes, quando amanhece o dia, sinto os raios do sol me tocando, me despertando, olho para os lados e não vejo o meu mundo, não vejo você. A cruel tentação de te ligar e dizer o quanto me arrependo fica martelando em minha mente dia e noite, noite e dia. Meu corpo se arde em meio ao meu cativeiro de solidão, meus olhos te procuram em meio a multidão.
Sei lá, às vezes o tempo poderia nos cruzar novamente, nos esbarrar, e viver aquele doce namoro no final de um domingo de sol.
Estou na décima carta, onde deveria estar no décimo sono, mas a madrugada me perturba, ou melhor dizendo, sua ausência. A ausência de dizer um “eu te amo” e ser retrucado com um “eu te amo mais”. Só quero lhe dizer, pequenas palavras, com um grande significado e em todas as línguas... I miss you, te extraño, Tu me manques, Mi manchi, Ich vermisse dich... Sim, eu sinto a sua falta.