As histórias que não contei – Carlos
Minha amiga me confidenciou que Carlos é um capitulo a parte, talvez o mais especial de sua vida.
Carlos era muito alto, aparentemente magro, moreno, cabelos escuros, olhos negros e penetrantes lábios finos sempre com um sorriso misterioso. Andava a passos largos, confiante.
Claudia disse que quando se conheceram na academia ele era ainda muito magro corpo ainda por definir, mas bastaram algum tempo de treino para ele se transformar no sonho de consumo de todas garotas que ali freqüentavam, tinha até algumas que faziam questão de ir no mesmo horário só para vê-lo malhar.
Minha amiga nesta época era casada e não pretendia se envolver, vivia aparentemente feliz e não tinha nenhum interesse nele, apenas achava-o belo.
Creio que foi justamente esse desinteresse que chamou sua atenção.
Ela tinha toda uma rotina diária de exercícios que começava sempre com uma caminhada na esteira, depois corria uma meia hora.
Certo dia, Carlos mudou sua rotina e começou a caminhar na esteira ao lado, tentou puxar assunto, ela respondia com monossílabos, mas ele estava decidido a não desistir na primeira tentativa, passou a perseguir minha amiga em todos os aparelhos, tentando sempre uma aproximação.
Minha amiga era fiel, mas não era de ferro, mesmo lutando contra a forte atração com o passar dos dias começou a fraquejar, ele era ligeiro, logo percebeu que estava vencendo a batalha.
Aproveitou um dia que ela saiu do vestiário sozinha, puxou-a para um canto escuro e beijou- a com toda a força de seu desejo.
A princípio minha amiga ficou sem reação, sem fôlego, mas logo correspondeu aquele beijo intenso, ardente.
Ela saiu dali flutuando, só voltou a realidade ao chegar em casa e ver seu marido ali, esperando.
Aquela noite, ela passou em claro lembrando tudo que havia acontecido, o dia raiou e encontrou minha amiga ansiosa para ir novamente à academia.
Sentiu-se frustrada porque naquele dia Carlos não apareceu ao treino, somente no dia seguinte eles voltarão a se ver.
Claudia já tinha pensado melhor e decidido que este caso seria encerrado, mas foi só chegar na academia para fraquejar na decisão. Ela estava em pé fazendo um exercício para o braço quando ele chegou, abraçou-a por trás e disse em seu ouvido, - “oi delícia, cheguei”, seguido de uma mordiscada no lóbulo de sua orelha, desse jeito provavelmente nem uma santa com voto de castidade resistiria.
Saíram da academia e foram consumar aquele caso em um motel.
Minha amiga ficou alucinada ao ver aquele corpo nu, bem definido, colado ao dela acompanhou os impulsos cada vez mais rápidos e veementes, ela contorcia-se, estremecia até que uma sensação extraordinária os atingiu, espasmos deliciosos os sacudiram até ela afastar-se e o contemplar com um olhar maravilhado.
Ela me descreveu essa cena dizendo que foi a relação amorosa mais louca da vida dela.
Eles continuaram sendo amantes, vivendo intensamente cada momento que a vida lhes oferecia.
Questionei Claudia se ela não se sentia culpada por trair seu marido, ela me disse que amar não é pecado e que ela ama com igual intensidade os dois homens que existe em sua vida e sente-se igualmente amada por eles.