Os encantos da lua

O sol exageradamente quente se despede deixando à tarde saborosa como uma fruta deliciosa num por solar lindo e brilhante, iluminando um desejo especial e involuntário de liberdade espiritual, enquanto eu acomodado em uma cadeira confortável estou sentado ao seu lado na varanda da nossa casa do pântano conversando sobre histórias e lendas amedrontadoras de terror.

O sol se foi e a lua tímida parecendo vergonhosa mostra a sua grande cara cheia e avermelhada olhando por de trás das árvores, para conferir se pode entrar com suas estrelinhas e enfeitar a noite.

As horas passam na velocidade de minutos apagando a luz solar e acendendo a iluminação lunar, fazendo com que as histórias de terror assumam um tom obscuro e verdadeiro, no qual causa calafrios e arrepios levando a uma sensação de não estar sozinho e o medo aproveita a situação para abraçar a gente.

Eu olho para você e a vejo olhando para mim com os olhos arregalados no momento em que conto a parte mais assustadora da história, onde um lobisomem surge da escuridão, dominado pela sensualidade lunar que dominou seu coração e sua mente.

- Você não reparou que estou ficando com medo!

Foi nesse momento, por volta da meia noite que escutamos:

AAAaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuuuUUUUUUUUUUUUUUuuuuuuuuuuu!

O que será isso? E ouvimos novamente:

Auuu! Auuu! AAAuuuuuUUUUUUUUUUUUuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

Deve ser os lobos! Vem doidinha! Vamos ver de perto.

Saímos rapidamente da varanda, rodeamos o lago da cachoeira, subimos na grande pedra do amor e entramos na mata escura. A vegetação estava muito fechada, então resolvemos dar a volta e seguir pelo pomar entre as árvores de frutas.

Você seguia agarradinha em mim, parecia estar com medo e me apertava com força. - Aí doidinha! Você está me machucando. Faz silêncio que os lobos devem estar pertinho. Eu vou subir na árvore para olhar melhor. Ajuda-me a subir.

Subi, mas ainda não estou vendo. Vou subir mais alto! De repente o galho quebra e um barulho enorme na mata de alguém caindo. Clashhhboommm!

Caí no meio do mato e escutei você perguntar: - Você se machucou doidinho? – Não! O lobo me derrubou da árvore.

- Derrubou nada! Eu vou subir e olhar. Fica aí.

Você subiu, olhou para todos os lados e nada de ver os lobos, então começou a jogar goiabinhas em mim no escuro.

- Doida! Se você não parar de jogar goiabas em mim, vou subir aí e te derrubar. Você não parou e eu subi na goiabeira, mas a esperta desceu pelo galho falando:

- Chega! Vamos embora.

- Agora que a lua está me transformando em lobo. Meus braços estão ficando peludos, minhas mãos estão virando garras.

AAAuuuuuuuuUUUUUUUuuuuuuuu!

- Não brinca assim! Eu tenho medo.

- Então corre!

Eu pulo da árvore e você corre. Vejo você correr e corro atrás, no momento em que você para sobre a grande pedra, eu salto te agarrando e caímos nas águas da cachoeira. Catchbooooommmmmm! Blololololo e subimos à tona.

- Seu doido! Estou vendo que você está sobre os efeitos da lua mesmo.

- Vamos minha lua doidinha, que eu realmente estou sobre o efeito lunar e chegou a hora da lua brilhar poderosa e bela com a luz de seus olhinhos, me encantando, dominando e no final vendo estrelinhas brilhantes.

Você é linda e especial doidinha! A grande lua do pântano.

Paulo Ribeiro de Alvarenga

Zip...Zip...Zip...ZzipperR

ZzipperR
Enviado por ZzipperR em 01/09/2010
Código do texto: T2471675
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.