ELA ENLOUQUECEU . 04 .FINAL .MARTA ENCONTROU O AMOR. ( LICIA FALCÃO )

uatro dias haviam passado. Nenhuma notícia de Marta.

Dona Marina acordara naquela manhã, com muitas saudades da filha. Foi molhar o jardim, que tanto Marta gostava. Percebeu que as margaridas brancas que Marta plantara, estavam brotando e as folhagens estavam brilhosas e multicores. Dona Marina teve um bom presságio. Alguma coisa boa iria acontecer.

Na noite anterior, na estrada por onde passava o caminhão em que Marina estava, chovia muito.

Roberto, o caminhoneiro, disse:

- Como você se chama?

- Marta, mas ninguém pode saber.

- Marta, vamos ter que parar outra vez ali no Centro Comercial, para tomar banho, comer e dormir. Será que dessa vez você vai?

- Eu não vou sair daqui.

- Prometo ficar perto de você e defendê-la.

- Não! Quero ficar aqui.

Roberto estacionou o caminhão no lugar indicado, depois tomou banho, jantou e voltou para o caminhão.

Marta, preciso dormir para continuar a viagem amanhã cedo. Você precisa comer alguma coisa e tomar um banho. Compro roupas limpas para você.

- Não quero! Vá você! Eu fico!

- Mas é perigoso, menina.

- A vida é perigosa.

Roberto então, comprou comida para Marta e veio ficar com ela . Ali, adormeceu sobre o volante até de manhã.

Ao ver que a jovem não tinha tocado na comida, ele tentou, mais uma vez:

- Marta, vamos tomar o café da manhã?

- Não! Vou ficar aqui.

Roberto precisava alimentar-se, para estar bem disposto para continuar a viagem, já que havia dormido mal.

Enquanto tomava café, aquele moço consultava o seu coração. Chegou à conclusão que estava gostando de Marta.

Voltando ao caminhão,

com algo para ela comer, disse:

- O que lhe aconteceu, Marta?

- Nada! A falta de tudo, virou uma sombra na minha vida.

- Como assim?

- Não sei ainda o que estou fazendo. Só sei que fugir é melhor que ficar nas sombras, na escuridão, entende?

Roberto afastou-se do caminhão, pegou seu celular e ligou para sua mãe.

- Mãe dei carona para uma moça estranha. Ela não come, não dorme, não sai do caminhão e disse-me que se chama Marta.

Veja nas reportagens da TV, se existe alguma Marta desaparecida. Aguardo o seu telefonema.

Quinze minutos depois, a mãe do rapaz retornou a ligação, avisando que Marta estava sendo procurada e lhe passou o telefone de contato.

- Mãe, melhor a senhora entrar em contato com a família. Estou estacionado aqui no Centro Comercial da cidade de "Esperança". Vou aguardar contato da família dela. Qualquer coisa, me liga.

Enquanto isso, na casa de dona Marina, a brisa fresca, parecia bailar anunciando boas notícias.. Ela estava especialmente esperançosa naquela manhã.

De repente, o telefone toca.

- Alô! Pode falar!

- É da casa da mãe da Marta?

- - Sim, está falando com ela.

- - Eu sou a mãe do Roberto. Ele mandou avisar que sua filha está com ele. Pediu carona na estrada.

- Por favor, o endereço.

A família de Marta, entrou em dois carros e partiu para "Esperança"

Na cabine do caminhão, Roberto conversava com Marta.

- Meu caminhão enguiçou. Estou esperando o socorro.

- Vai demorar?

- Espero que não!

CONTINUA AMANHÃ

Licia Falcão Rodrigues da Silva.

Licia Falcão
Enviado por Licia Falcão em 23/02/2010
Reeditado em 23/02/2010
Código do texto: T2102402
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