Estranha Apaixonada
Abraçando-se, seguiu pela noite escura,
sob a copa dos arvoredos, solitariamente,
curtindo a solidão da desventura.
E eu, a observá-la da porta entreaberta,
joguei-lhe, solidariamente, o meu silêncio feito manto.
Então se foi, não sei a quem chamando, pois a boca se mexia,
como se, num breve canto, declarasse sem sentido...um sentimento estranho.
Sem encanto, voltei-me para dentro, com o meu pensamento ainda a perseguí-la, rezando para não lhe fizesse nenhum dano
aquele a quem ela repetia infinitamente : "eu te amo".