Estranha Apaixonada

Abraçando-se, seguiu pela noite escura,

sob a copa dos arvoredos, solitariamente,

curtindo a solidão da desventura.

E eu, a observá-la da porta entreaberta,

joguei-lhe, solidariamente, o meu silêncio feito manto.

Então se foi, não sei a quem chamando, pois a boca se mexia,

como se, num breve canto, declarasse sem sentido...um sentimento estranho.

Sem encanto, voltei-me para dentro, com o meu pensamento ainda a perseguí-la, rezando para não lhe fizesse nenhum dano

aquele a quem ela repetia infinitamente : "eu te amo".

Melissa Lorenzi
Enviado por Melissa Lorenzi em 16/02/2010
Reeditado em 16/02/2010
Código do texto: T2090606
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