Não deixe o tempo levar.

Beto era na verdade, aquela pessoa a quem apelidamos de "seco", "frio". Bom, quanto a isso ele não se importava muito. Ele só pensava no trabalho, e em como ganhar mais dinheiro. Levava uma vida boa, porém, ele nunca quis saber do amor, talvez não tivesse muito tempo.

Beto possuía um conhecimento amplo em várias áreas, e assim conquistava a atênção e a admiração de muitas pessoas, entre essas pessoas, mulheres...e de todas as formas e intenções se é que me entendem, mas ele nunca tinha muito tempo.

O último relacionamento de Beto havia sido a 4 anos atrás e foi com uma jovem moça que havia conhecido em uma viagem de trabalho, era um relacionamento intenso e verdadeiro. Os dois viveram dias mágicos, mas a moça teve que partir, pois assim como Beto, trabalhava demais.

Em uma manhã, ao dirigir-se ao seu escritório, esbarrou em uma jovem que carregava em seus braços, alguns livros. A atitude de Beto foi instantânea, ajudou a jovem a recolher os livros e sentiu no seu olhar que tudo seria diferente.

Beto para desculpar-se convidou Olívia (assim chamava-se a jovem) para tomar um café, e a mesma aceitou. Depois de algumas semanas, os dois já haviam trocado telefones e endereços. Beto não entendia como Olívia pudera ser tão diferente e especial, ao ponto de tocar profundamente seu coração.

No decorrer de alguns meses, que já estavam namorando, Beto passou a dar mais atênção à seu trabalho e Olívia foi ficando cada vez mais distante e Beto não estava muito preocupado com isso, pois acima de tudo, acreditava nos dois, mas não percebia o quanto estava ausente.

Festas de aniversário de Olívia, Beto perdia...esquecia. Ligações perdidas e compromissos desmarcados.

Uma manhã ao chegar em seu escritório, viu um bilhete de Olívia,em cima da mesa que dizia: Sinto por nós, mas não tenho muito tempo...a perder.