sete semanas para esquecer 02

Matheus nunca correspondera a louca paixão de sua prima Nataliana por várias razões.A primeira:porque eram primos.A segunda:porque sempre amara Débora,amiga de infância de Nataliana.

Sentiu pena de sua prima,quanda a viu com os olhos cheios de lágrimas,sentada em uma das mesas da festa do casamento,teve o ímpeto de ir falar com ela,dar-lhe conforto,mas sabia que só pioraria as coisa,Nataliana precisava ficar sozinha e perceber que aquela obcessão não era o amor que ela pensa sentir...

-Querida você está bem?

Nataliana sentiu uma mão tocar seu ombro,levantou a cabeça e encarou sua mãe.Tentou se mostrar forte,disfarçar a dor,porém foi inútil.Aquele casamento havia dilacerado seu coração,não sobrara nem um resquicio de animação em sua face pálida,e os olhos avermelhados denunciavam o choro.¨

-Sim estou bem,mas acho que já vou embora,está ficando tarde.

Sua mãe revirou os olhos.

-Eu falei pra você não vir,mas nunca me escuta...

-Mãe estou bem!só estou me sentindo um pouco cansada.

-Sei.

-É verdade já superei issofaz tempo,agora Matheus é um homem casado,acha que eu seria capaz de...

-Tudo bem tudo bem,só vim avisá-la que Débora vai jogar o buque,ela me mandou te chamar.

A última coisa que Nati queria era pegar o buque.Viera até ali para provar a si mesma que seu amor era impossivel e que tinha que esquece-lo.Mas ignorar o pedido de Débora seria o mesmo que dizer que a odiava e que estava arrasada porque ainda amava o marido dela.

Suspirando,Nati se levantou e acompanhou a mãe até a parte do gramado.''Fazenda esperança''.Estas palavras estavam escritas na parte da frente da chacara onde foi realizada a festa.

Sua única esperança era não pegar o buque.Odiaria ver os rostos esperançosos de sua parentela desejando que ela fosse a proxima a se casar e esquecesse de vez o Matheus.

Nataliana ficou de longe,observando as solteironas se amontoarem,disputando a melhor posição atras da noiva,''como se uma droga de buque fosse garintir casamento para alguém'',ela pensa.Sua tia-avó Berenice viu-a no canto,e insistiu para que fosse tentar a sorte e pegar o ''insignificante'' ramalhete.

Mesmo assim,Nataliana se manteve afastada,cruzou os braços e virou o rosto,fingindo olhar as pessoas na pista de dança.

''É um,é dois é três e...

Algo bateu em seu rosto,e viu,no meio de seus braços,um ramalhete de rosas brancas.

Talita Novais
Enviado por Talita Novais em 25/09/2009
Reeditado em 12/10/2009
Código do texto: T1830861
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