Violeta V
MAIS DOR
DOR, essa é a palavra. Violet estava completamente doida, ela me tratou como se eu fosse um cão. Não que eu tenha feito tudo certo... Mas ela me tratou como se eu não a amasse.
Ontem estive observando algumas coisas... Lucy e Jhon... Eles armaram algo, eles estavam juntinhos, aos beijos. Na minha ausência devem ter feito algo... Se eu descubro... Não sei o que faço.
Amanhã, eu sei. Ela vai chegar e eu quero dizer que eu a amo. Dizer isso e não ser ignorado.
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ENFIM EM CASA
MAMÃE ME BUSCOU, fomos até o shopping comer algo.
- Mãe, vamos? Preciso de um banho!
Nós então estávamos chegando em casa, meu coração galopava. Pensei em ligar... Mas ele com certeza iria escutar os meus berros e minhas cantorias.
Respirei fundo, senti o cheiro das minhas rosas... Poul, meu querido Poul. Eu estou em casa, estou perto de você, eu te amo.
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COLANDO OS PEDAÇOS
AO CHEGAR EM CASA, não senti o olhar de Poul, não vi Poul. Isso doeu. Fui direto para o quarto, mas então...
- Poul! – meu coração doeu.
- Viol...
Nada mais foi dito, ele já estava com a sua mão quente em minha cintura. Com seus lábios nos meus e seu corpo colado ao meu. Eu estava quase caindo, meu corpo estava em suas mãos, então eu sabia que não ia cair, a menos que ele quisesse me derrubar.
- Eu te amo garota. Mais que tudo.
Eu já estava caída no sofá sobre o corpo dele, meu rosto encostava em seu peito coberto. Eu estava aflita, precisava saber o porquê da mensagem, a ausência, eu queria estar com ele, mas ele me devia algumas respostas.
- Por quê?
- Por que eu simplesmente não vejo vida sem você!
Aquilo me desmoronou, mas não no sentido ruim, me desmoronou no sentido de defesas contra as supostas mentiras que ele quem sabe dizia. Mas eu não acredito que ele possa ter mentido algo para mim.
- Ah... Poul. Por que você mandou aquela mensagem? Com um celular sem identificação?
- Que mensagem?
- Você sabe.
- Eu estive sem celular, estava fazendo ligações pelo telefone do hotel.
- Como assim?
- Eu estou te dizendo que não mandei mensagens. Eu estive muitas vezes a ponto de te ligar, mas não sentia força para ligar. Meu ponto fraco, quando se trata de Violet, fica aqui. – e então colocou minha mão e sua mão em seu coração – Eu te amo Violet, como nunca amei na vida.
Eu estava chorando, minhas inimigas lagrimas...
- Eu te amo Poul, eu te amo. Obrigada por trazer meu coração de novo.
- E o meu coração está com você.
Foi quando minha cabeça deu um clique! Jhon! Ele usava números desconhecidos para me mandar mensagens e para me ligar! Tinha sido ele, ele estava com ciúmes. Lucy á alguns dias havia me dito: “Contei algo para Jhon, você vai me matar!”. Mas como eu estava aflita e triste não pensei nisso.
- Jhon!
- O que tem esse garoto?
Liguei para Jhon.
- Não deu certo, você é mais otário do que eu pensava.
- Viol?
- Não me chame assim, você não é nada pra me chamar assim!
- Tudo bem. Mas o que não deu certo?
- Você sabe, a sua mensagem. – ele rio.
Foi quando Poul pegou delicadamente meu celular de minha mão. Eu com certeza estava a ponto de ter um ataque e querer matar Jhon.
- Violet está bem agora, e está comigo.
- Imagino.
- E escute, nada, absolutamente nada que você fizer vai nos separar.
Eu estava roendo as unhas.
- Se fosse comigo eu não deixava assim. Nick, esse é o nome dele, certo? Um mês com ele praticamente. Ela chegou a algumas horas de São Paulo, não é mesmo? Ela esteve com ele esse tempo todo, andava por ai agarradinha nele, eles estavam felizes e sorrindo, e com certeza dormiam na mesma cama... Você é um otário Poul.
- Eu tenho que rir de você, você me estressa, seu idiota. Viol e eu nos amamos, não sei se você sabe o que isso significa... Mas tudo bem, está a alguns passos de descobrir, você e a Lucy em...
Então notei que o telefone ficou mudo, Poul estava enfurecido. Mas não deixou que a raiva tomasse conta de seu corpo, não mesmo. Ele ficou mais lindo ainda, sorrindo para mim.
- Poul, eu e Nick... Nada a ver sabe.
- Eu sei, não diga mais nada. - disse enquanto tapava minha boca com uma mão. – Nós vamos sair, pela porta.
A moto estava ali. Mas isso nem importava, com ele eu andaria a pé o mundo todo. Então estávamos na moto. Eu estava agarrada em sua cintura. Fomos até a montanha.
- Eu quero te dizer... Que eu sem você... Bom, Violet, eu não posso ficar sem você, você mudou completamente o que eu sou. – suspirou - Você é a única que eu quero e a única que eu amo.
- Poul, eu não posso viver sem você! Eu te amo.
- Eu te amo antes mesmo de te conhecer. Eu te amo por completa, eu amo tudo o que você me diz... Você... – ele mordia o lábio inferior – Você é minha vida.
- Eu nasci de novo.
- Eu havia morrido sem você.
Então, nas montanhas, ele me beijou. Como da primeira vez, ou não.
- Fui eu que te beijei primeiro?
- Foi...
- Não acredito! – Nós rimos.
Então eu estava feliz, tinha certeza de tudo em minha vida agora. Eu sabia o que eu queria e sabia o que eu amava, ou melhor, quem eu amava! E esse alguém era Poul. Somente ele.
- FIM -