Minha sentença

Eu violei a lei da lógica

Mergulhei no oceano que existe de forma intrigante dentro de mim

São lembranças que perssistem em não ir embora

Me machucam, me ferem e me apavoram

Mas não consigo me libertar do passado que me atormenta e não me deixa dormir

É inevitavel, derrepente me encontro meio dormindo, meio acordada

São noites inteiras em claro...

Entre devaneios de minha alma, eu chamo seu nome

Se eu pudesse quebrar esse silêncio, e falar aos quatro ventos, que o seu lugar é ao meu lado...

Declamaria o meu arrependimento de ter concordado que o melhor foi termos nos separado

A se eu tivesse a chance de enfrentar meus medos, e ser eu mesma ao menos uma vez...

A se eu pudesse te abraçar bem forte, e não dizer nunca mais:

- Pode ir embora.

Incontaveis vezes tive que me calar, sem poder dizer o que sinto

Abafando o grito do meu coração que explode no peito envolto a essas memórias...

Acordo pelas perguntas:

- Que tens menina? Por que choras?

Nada respondo, apenas forço um sorriso amarelo, meio deslocada ergo a cabeça e fingo ser alguém que jamais serei...

Alguém que não chora, que não se abala, que não precisa de um ombro amigo...

Minhas máscaras quase não me deixam, a não ser quando estou só.

Posso enganar o mundo, mas não posso mentir pra mim mesma...

Meus olhares são lançados neste mundo, procurando pelos teus...

Minhas palavras que aqui pinto, nesse céu chamado adeus

Tentam conforma-me da sentença a mim imposta:

Passar a eternidade amando-te em meus sonhos

Sem jamais poder tocar-te.