SAUDADES

Trocando idéias com Milton, não descartamos a possibilidade de passar o reveillon juntos em Porto Seguro na Bahia, pois Paula minha esposa estava doida para conhecer.

A Sra. Elaine, esposa do Milton, também não conhecia aquele belo lugar. Ficou acertado que compraríamos um pacote na operadora de viagem, no período de 27 de dezembro a 03 de janeiro, pois Paula voltaria a trabalhar no dia cinco de janeiro, e teria um dia para arrumar as coisas que ficassem pendentes.

Conversando com Paula, pelo telefone, expus a minha idéia no primeiro momento e ela tomou o maior susto, porque iríamos viajar justo para um lugar que ela estava louca para conhecer tem muito tempo. Falei então, para passar na agência de viagem, e reservar o seu lugar, e foi o que ela fez, me dizendo também que já tinha um grupo de gaúchos amigos que iriam nesta data.

Paula deixou Caxias às 7:30, no vôo que iria passar em Belo Horizonte por volta das 11:30, pois o pacote era em um vôo comercial. Por volta das 11:20, eu o Milton e sua mulher, já estavam aguardando no aeroporto de Confins, quando escutamos a chamada para embarque com destino a Porto Seguro.

Quando entramos no avião, o primeiro rosto que avistei foi Paula e logo vi aquele brilho intenso e imenso de seus olhos azuis em contraste com sua face trigueira e bela, e sua boca mimosa e faceira. Elaine também era uma mulher bonita, fazia, as duas, um conjunto belo. Aproveitando a viagem elas falaram de generalidades e banalidades o tempo inteiro, e de vez enquanto, eu dava uma escutada e sentia que em determinados assuntos que eram duas pessoas inteligentes que sabiam abordar vários tipos de temas que eram colocados na conversa.

O tempo estava lindo, o sol se fazia presente por entre as nuvens, e o pessoal da excursão já estava dentro da aeronave pronto para a decolagem. Partimos, e chegando no meio do caminho algumas nuvens cinzentas começavam a cobrir o céu, isso seria sinal de tempestade na certa. Coisa que não demorou a acontecer foi uma chuva forte e rápida onde, ao passar no meio das nuvens, o avião nem chegou a balançar com a turbulência.

Logo depois, o sol voltava a brilhar.

Pousamos em Porto Seguro por volta das 13:15, e tinha um ônibus fretado que estava nos esperando no aeroporto para conduzirmos ao Hotel Coroa Bella. Esse magnífico empreendimento fica em frente à praia de Coroa Vermelha era uma distância de apenas 15 km do centro de Porto Seguro, assim comentou Elaine que tinha conseguido essas informações quando procurava um lugar para hospedarmos.

Ficamos satisfeitos com a estrutura e a beleza do hotel, pois nem parecia que estávamos no Brasil, tal era o seu conforto. Depois do almoço fomos jogar um pouco de conversa fora em volta da piscina. Passamos algumas horas agradáveis ali; o papo rolava solto, o contato das duas eram excelentes elas tinham um perfil semelhante, pois eu e o Milton em nossas conversas só tínhamos elogios para as nossas esposas.

Outras pessoas do grupo, tanto de Belo Horizonte como do Rio Grande do Sul, juntaram-se a nós e falávamos de tudo um pouco, dos assuntos que eram notícia nos jornais e televisões daqui e do mundo, mas não nos aprofundamos muito, pois todos queriam estar ali para ter um pouco de paz e tentar esquecer essa vida que aos poucos vai nos engolindo de uma certa forma.

Ao cair o crepúsculo, iria ter no auditório do hotel, uma palestra sobre o Brasil contando a história de Porto Seguro e região. As duas foram as primeiras a comparecer e depois de terem aprendido tudo, resolveram nos relatar tim por tim.

Aí as duas começaram a nos falar:

PORTO SEGURO

São 500 anos desde que os portugueses estiveram aqui, fazendo de Porto Seguro o primeiro núcleo habitacional do Brasil. Tornou-se uma cidade Monumento Nacional a partir de 1973, justamente por ser considerada o próprio marco do Descobrimento. Seus prédios históricos vêm desde a época do início da colonização e são bastante visitados, seja durante o dia ou durante a noite quando recebe uma iluminação toda especial.

O Brasil nasceu aqui, o município de Porto Seguro faz parte da chamada Costa do Descobrimento, que vai desde a Barra do Rio Caí, no município de Prado, passando por Trancoso, Caraíva, pelo Parque Nacional de Monte Pascoal, Arraial D'Ajuda, Coroa Vermelha e a foz do Rio João de Tiba, em Santa Cruz de Cabrália. Sua paisagem magnífica mantém-se praticamente intocada nesses 500 anos criando um clima descontraído e envolvente.

Porto Seguro possui praias com estilos variados sendo que algumas têm águas calmas e tranqüilas, outras ondas para os surfistas e outras são protegidas por recifes de corais que formam piscinas naturais quando a maré baixa além do mais, tem ainda praias desertas ou as muito freqüentadas.

O lazer náutico é muito praticado em Porto Seguro.

A passarela do álcool é outro ponto turístico de Porto Seguro com inúmeras barracas espalhadas pela rua, enfeitadas com arranjos e frutas que vendem o famoso "capeta" (um drink local que mistura guaraná em pó, bebida alcoólica, mel e suco de limão) além de todo o tipo de batida e algumas bastante exóticas de nomes incomuns como "Rala Pinto". Do outro lado da calçada restaurantes e bares disputam a oferta de comidas típicas.

Santa Cruz de Cabrália

O Sítio Histórico da Cidade Alta é uma parada imperdível na viagem do turista! Palco das duas primeiras missas celebradas no Brasil pelos portugueses, em 26 de abril de 1500, no ilhéu da Coroa Vermelha e na foz do Rio Mutary, Santa Cruz de Cabrália.

Santa Cruz de Cabrália, fazendo sua história desde a 1ª missa no Brasil e construída em dois planos seguindo a tradição portuguesa, foi erguida inicialmente na foz do Rio Mutary, mais tarde, porém, foi transferida para um platô por considerarem a parte mais baixa segura dos freqüentes ataques indígenas.

Na parte alta, se encontram a Igreja de N.S. da Conceição, construída no século XVII, a Casa de Câmara e Cadeia no século XVIII e também as ruínas de uma construção jesuítica datada do século XVI. É uma cidade histórica, que oferece belíssimas paisagens como as praias de Coroa Vermelha, a Ilha Paraíso, as pontas de Santo André e Santo Antônio, além de rios e mares.

A festa da padroeira é comemorada no dia 8 de dezembro com muitas missas, novena e procissão. A Chegança ou Marujada é o auge da comemoração lembrando as grandes viagens dos navegadores portugueses na sua volta das Índias numa manifestação folclórica sensacional.

Arraial D'Ajuda

Em Arraial D'Ajuda tudo é simples e sofisticado ao mesmo tempo. Com ruas calçadas, mas estreitas e outras sem calçamento, no alto de uma falésia, encontramos um dos trechos mais bonitos do litoral sul baiano.

O clima é descontraído bem longe do cotidiano de qualquer cidade. Mas a noite começa a esquentar nos luais à beira da praia do Mucugê ou no centro do arraial.

Em direção a Trancoso vêm a Lagoa Azul, Taípe e Rio da Barra são praias variadas com águas mansas e mornas, algumas desertas outras muito freqüentadas, algumas com piscinas de corais,ou com mar aberto ou oferecem banhos de rio.

Mucugê é uma das praias mais freqüentadas. Na Costa do Descobrimento a ecologia é coisa séria como no Parque Ecológico Paradise Water Park considerado o mais novo centro de lazer e entretenimento além de ser um dos maiores parques aquáticos e ecológicos da América Latina. Situado numa área privilegiada, em frente à Praia do Mucugê, o parque possui infra-estrutura para receber 5 mil pessoas todos os dias que se deliciam com os diversos tipos de tobo águas nos rios artificiais com correnteza e nas piscinas de ondas.

A Ermida de Nossa Senhora da Ajuda foi construída pelos jesuítas em 1549. Nela também foi descoberta, pelos romeiros, uma fonte de água milagrosa no meio do caminho para o outeiro. Nessa Ermida se originou a Festa de Nossa Senhora d'Ajuda comemorada em 15 de agosto é uma tradição de vários séculos.

Trancoso

Já Trancoso é situada no alto de um outeiro, a pequena vila do século XVI fundada por jesuítas é hoje um lugar ideal para fugir da agitação e estresse da cidade. São 12 Kms. de praias que unem Arraial d'Ajuda a Trancoso num trajeto que pode ser feito à pé pela praia, ou de ônibus, ou de carro por uma estrada de terra saindo de Arraial. Os coqueiros e o mar formam um cenário deslumbrante. O legal é caminhar e conhecer as praias da região. No caminho entre Arraial e Trancoso, você vai se deparar com a Lagoa Azul, ainda em Arraial, logo depois da Praia de Pitinga. A lagoa só pode ser alcançada a pé e sua argila possui propriedades medicinais.

Para os amantes da natureza, o trekking entre Arraial D'Ajuda e Trancoso é uma excelente atração. As praias de Nativos e Coqueiros circundam o vilarejo de Trancoso e disseram que ainda tinham muito mais coisas, mas estavam cansadas. “

Nunca vi tanta euforia em nossas esposas pareciam ter decorado palavra por palavra do palestrante. Já era por volta das 22:00 e estávamos sem pique de sair naquela noite então cada casal foi se recolher no seu quarto depois, não vi o Milton e a sua mulher.

No café da manhã, Paula e Elaine eram só sorrisos e segredinhos. Conversávamos em nossa mesa sobre qual seria a nossa programação para aqueles dias de passeio e resolvemos ficar ligados ao grupo, pois o programa seria interessante, nós iríamos até Cabrália ver uma linda igreja que era muito bem cuidada, mas não gostei do acesso a capela, quando estive lá numa outra vez sozinho, pois era uma subida forte, revestida de calçamento a qual se tornava escorregadia por causa da chuva. No caminho de ida para Cabrália fomos também no acampamento indígena que tinha várias barracas de artesanato. Eram enfeites feitos por eles e com um valor todo especial, com um bom preço.

Nesta hora já voltávamos para o hotel quando vi pela janela do ônibus várias mulheres lavando suas roupas, e para passar o tempo cantavam uma canção num coral harmonizado. Cantando ali seus sofrimentos e mazelas para poderem esquecer da dor que a vida lhes impunha, mas com resignação e fé em Deus.

Ao chegarmos no hotel o almoço estava a nossa espera, no entanto, nenhum de nós quatros estava com fome, e resolvemos cair na piscina. Logo se aproximou um casal do sul, pensei que fossem casados, pois dividiam o mesmo apartamento, só que ele morava em Canela e ela em Porto Alegre. E em prosas fui saber que eram irmãos, mas não existia nenhuma semelhança entre os dois. Depois, chegou outro casal de Pelotas, casados há pouco, e veio ao nosso encontro o Bráulio, que era o mais alegre da turma e me chamando de pão de queijo por ser de Minas Gerais.

Mais tarde o “chima” era como eu chamava o Bráulio porque ele era da terra do chimarrão com pé de moleque, veio nos chamar para jogar uma partida de buraco. Como adoro jogar buraco deixei Paula no quarto e desci para o salão de jogos. Já estavam lá o Milton e o Bob Esponja, apelido dado para outro gaúcho pelo pessoal da excursão. Depois dessas duas partidas que jogamos, na qual perdi uma e ganhei a outra, voltei para o quarto. Tomei um banho rápido, passei a mão nos ombros de Paula e descemos para o saguão do hotel.

Paula chamou Elaine para darmos uma volta só que Milton estava trebado e foi dormir, pois ele bebeu desde a hora que começamos a jogar baralho. Fomos então, a um barzinho no calçadão, eu com as duas fomos a um bar praiano muito freqüentado. Lá estava uma delícia, as meninas dançaram vários tipos de músicas e o pessoal da excursão também estava lá então fizemos uma mini comemoração de final de ano. Como foi bom!

Escolhemos no outro dia fazer um passeio com o pessoal da excursão e fomos dar uma volta de barco. Logo depois, iríamos almoçar num restaurante já combinado com a operadora. Para chegar lá no local, saímos por volta das 9 horas e o tempo ajudava, pois, estava um dia bonito e o mar estava calmo. O barco tinha dois andares onde o segundo se podia ter uma vista privilegiada do mar e era onde o pessoal estava se divertindo, dançando com a música tocada ali.

No meio do caminho, houve uma parada proposital do barco, para quem quisesse nadar, o mar parecia uma prainha, até estranhei que Paula, não quisesse entrar, em compensação o Miltão e a Elaine não pensaram duas vezes e pularam na água. Ficamos parados ali, uns trinta minutos e depois seguimos para o nosso destino. De longe se via o luxuoso restaurante, cravado no meio da mata. Foi um almoço diferente do que estávamos acostumados a fazer, mas foi bom, depois disso nos dirigimos para a Ilha Paraíso. Na mesma euforia da ida, a volta parecia estar mais animada, onde todos já se conheciam mais, e as brincadeiras eram naturais.

Chegando a ilha, nós quatro fomos direto na sede do lugar, pois estávamos curiosos para ver de perto tudo. No meio do caminho as meninas, tomaram um susto, uma escultura de um pênis feita num tronco de uma árvore, era de um tamanho bem considerado e tinham todos os seus detalhes, a mulherada da excursão toda se endoidou de ver, e todas queriam tirar fotos em cima dele. Pergunte se a Paula tirou, foi umas das primeiras, esta peça fez mais sucesso que os doces do lugar.

Saindo dali, voltamos para o hotel no final da tarde, a lua já começava dar sinais de vida. Tomamos um bom banho, daqueles que se lava até a alma, pois estávamos impregnados de sujeira por nossa aventura do dia. Enquanto tomava banho, Paula ligava o ar condicionado do quarto, para termos um ambiente mais fresco. Ficou só de lingerie, estendida na cama durante o tempo, quando sai da ducha, e vendo toda aquela beleza, não agüentei e...

Já estávamos no dia 30 de dezembro e ainda tínhamos de fazer um via sacra, ainda faltavam vários lugares a serem visitados, e queríamos fazer isso neste dia. Depois do café, pegamos o carro que tínhamos alugado e rumamos para Arraial D’Ajuda, por já ter ido lá, sabia que a estrada de terra era programa de índio ou de aventureiro, então preferimos o asfalto, e era aquilo mesmo contado pelas meninas que tinham ouvido na palestra, passamos o dia lá curtindo aquilo tudo, foi muito gratificante.

Voltamos para o hotel à tarde, dando para pegarmos uma piscina, e conversar descontraidamente sobre todo o pessoal e o passeio em si, de mansinho o pessoal da viagem foi se agrupando na piscina também, aí o papo ficou mais animado. Na hora que o Bráulio falava, você podia preparar uma risada, pois na certa seria um fato engraçado, nisto a tarde acabou de passar.

O tempo voava, a noite ficamos vendo o foot no saguão do hotel, que era muito movimentado, pois se via ali o Brasil inteiro na passarela. Dormimos cedo naquele dia, pois o dia 31 estava chegando, a festa da noite já tinha sido preparada pela operadora do passeio, era a festa de Porto Seguro, que sabia de antemão, era muito boa.

Nós quatro acordamos cedo, tomamos o nosso café, e pela primeira vez destes dias todos, fomos à praia em frente ao hotel que é linda também, mas por falta de tempo ainda não tínhamos ido. No decorrer das horas a praia foi se enchendo de pessoas e o movimento era tanto que já estava ficando difícil andar nela. Paula pediu para voltarmos ao hotel para ficarmos mais à vontade na piscina então fizemos isso. Milton e Elaine foram dormir um pouco para agüentarem o pique da noite que prometia ser fogo, mas para minha Paula parecia que nada a cansava nunca, e eu ali do seu lado.

A lua estava linda esta noite parecia ter combinado com a beleza do dia, para que todos pudessem aproveitar bem aquela passagem de ano em Porto Seguro. Paula estava uma gatinha. Ela estava muito bem vestida combinando bem as roupas a cada situação. Nesse dia estava com uma sainha branca e blusa amarela para combinar com a passagem de ano.

O jantar seria servido no próprio hotel que tinha uma infra-estrutura adequada para isso e logo depois o ônibus, que estava com o nosso grupo, ficaria a nossa disposição. Achamos melhor essa noite não sairmos de carro não por ser um dia atípico, preferíamos ficar no ônibus com o pessoal.

Ao repique da meia noite, muitos beijos e abraços pelas confraternizações deste novo ano que se iniciava. A ceia foi servida. Logo depois, tinha um bom cardápio e os balões amarelos e brancos ajudavam na decoração do salão de jantar do hotel. O grupo todo tinha combinado ir a um barzinho à beira mar e me lembro bem o nome dele era TÔ QUE TÔ. Ao chegarmos lá dava para sentir a euforia do lugar contagiado pelo público que dançava alegremente ao som de uma boa banda. Nós nos juntamos a eles para aumentar mais aquela alegria que contagiava a todos. Eu, e Milton fomos até tentar pegar cerveja para nós quatro, sendo quase impossível, mas depois de muita luta conseguimos trazer uma só garrafa, mas isso era normal numa noite como aquela e nem ficamos com raiva do bar, pois a procura era grande e a ocasião era especial.

As estrelas eram nossa luz naquela noite, juntamente com a lua e o barulho das águas que se chocavam nas pedras, faziam daquele lugar ali um cenário de rara beleza.

Paula me surpreendia a cada dia, pois não se podia definir o que ela pensava e foi aí que fiquei surpreso quando ela me chamou para dar uma volta na praia, coisa normal pela beleza da noite, no entanto concordei de imediato. Comentei como Milton que daríamos uma volta e não demoraríamos. Andamos uns quinze minutos de onde estávamos e então minha flor se vira para mim dizendo que estava louca para ser possuída ali naquela areia da praia e foi então que senti um calor enorme, uma vontade grande de fazer amor. Ela se deitou e aos poucos fui me encostando-se a ela, e...

Quando voltamos para o baile estávamos desfigurados e as perguntas nem existiam, mas sim um sorriso maroto onde todos entenderam o que tinha acontecido. Voltamos para o hotel e aproveitamos as poucas horas de sono que ainda tínhamos naquele início de ano.

No dia seguinte acordamos depois do almoço de tanto cansaço que estávamos da noite anterior, mas tinha valido a pena começar o ano daquela forma. Desse dia em diante, o nosso apelido no grupo de viagem era a dupla caranguejo, pois adorávamos uma areia. Na parte da tarde chamei Milton e Elaine para irmos a Trancoso. De carro gastamos 40 minutos numa bela estrada onde o verde do mar me impressionava, até entrei na água. Em compensação Paula só queria cama e toda hora pedia para voltarmos ao hotel, eu nem a reconhecia neste estado, pois, nunca me mostrou sinal de cansaço. Então resolvemos voltar também amanhã seria o nosso último dia naquela maravilha de lugar. Fomos para o quarto e Paula do jeito que estava se deitou e adormeceu, e em seguida dormi.

Combinamos anteriormente, com o pessoal do grupo, que fecharíamos com chave de ouro a semana ali em Porto Seguro nós iríamos ao Paradise Water Park.

Estando lá todos nós ficamos encantados com a beleza do lugar, até eu mesmo me surpreendi. Que já era maravilhoso. Voltamos para o hotel aquele dia cansados, mais alegres de termos passado naquele lugar horas maravilhosas desfrutando de tudo de bom que ele possuía.

Dormimos cedo aquele dia, pois o nosso vôo sairia pela madrugada, deveria partir às 4 horas. O ônibus pegou todos da excursão no hotel às 3 horas para levarmos ao aeroporto e começamos a nos despedir ali mesmo, pois cada um desceria na sua cidade de origem. As lembranças daqueles dias maravilhosos já estavam guardadas em nosso peito. Paula é muito emotiva, a cada despedida as suas lágrimas desciam com facilidade. Minha mulher, hoje já descansada tinha voltado ao normal, era outra pessoa.

O avião é pontual na hora de sair, deixamos ali, uma saudade e uma promessa do grupo de voltar aqui um dia para nova confraternização, pois ficamos muito unidos. Chegando em Belo Horizonte me despeço de Paula, o coração apertado falava mais alto e nem sabíamos o que dizer naquela hora da separação, pois tenho certeza que será breve porque não existo sem o seu amor.

Escritordsonhos
Enviado por Escritordsonhos em 19/04/2009
Código do texto: T1547723
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