ALGUM LUGAR DO PASSADO

Em algum lugar

Este sentimento é tão forte que fui conhecer um pouco mais do reino que você tinha saído linda princesa e que veio que povoar meu coração, mas acima de tudo ele é sincero e meigo apesar das batalhas que já enfrentei.

Não sei como descrever a felicidade que tive após uma pesquisa descobrir que foi um patrício meu junto com seu filho que foram os primeiros a chegar na Morada Do Sol em 1807 terra que naquela época era habitada pelos índios da tribo dos Guayanás na região dos campos de Piratininga.

É uma terra linda e produtiva do tipo o que se planta se colhe. No seu começo tínhamos plantações de cana de açúcar, milho, o fumo o algodão e outros cereais. No século XIX o café se mudou para a região, isso deu um impulso para a cidade que hoje é marco internacional. Já considerada a cidade a mais limpa das três Américas. Tem um povo bem diversificado de moradores oriundos de quase todo mundo, mas esta mistura de raças melhoraram ainda mais a formação dos moradores da Morada Do Sol. Poderia falar também da cultura do seu povo e da sua saúde podendo se equiparar a níveis de países do primeiro mundo.

Um tempo já se fez quando começamos a conversar. Era um papo tão gostoso e envolvente que nos embriagávamos de alegria naqueles instantes e queríamos estar juntos ali. Deixávamos o papo fluir livremente, era se falado de muita coisa e com frases ditas pelas nossas almas. Na pureza do nosso diálogo existia uma amizade absoluta, Ali se encontravam dois seres buscando a tal felicidade.

Vi-a em você uma mulher madura uma pessoa que sabe o que quer da vida. Lutava por seus ideais, agora querendo uma sustentação maior resolução que acho certíssima. Eu já sou do tipo mais sonhador. A vida para mim é uma escola onde tento aprender a cada dia um ensinamento diferente.

Você desde o primeiro dia me deu asas para voar e como voei para este mundo encantado que há muito tempo se perdeu dentro de mim. Eram vôos rasantes sobre a felicidade na terra do bem querer.

Eu e Maria resolvemos passear nestas férias.

Ela me perguntou da possibilidade de irmos viajar e que no decorrer da viagem fizéssemos o nosso próprio roteiro, em princípio relutei, mas sendo um pedido dela fiquei sem jeito e embarquei nesta idéia. Combinamos que sairíamos no dia seguinte no acender da manhã para pegarmos a estrada mais vazia.

Nada me incomodava naquela manhã só queria ver o belo brilho do astro rei no céu. Encosto o Tucano na porta do prédio da Maria aqui cabe uma ressalva.Tucano é simplesmente o apelido que dei ao meu velho e querido carro, pois ele sempre foi um grande guerreiro ao meu lado este tempo todo.

Ao sair do veículo o guardião do edifício onde Maria reside veio ao meu encontro, me cumprimentar e falou que a dona Maria pediu para esperar um pouco, pois ela já estaria descendo. De longe já podia ver o vulto daquela mulher maravilhosa atrás da porta de vidro do hall do prédio e me sentia um homem de sorte e abençoado por ter aquela pessoa do sexo feminino ao meu lado.

Logo que nos aproximamos foi trocado um beijo que selou o nosso bom dia. O perfume que era exalado do corpo da alteza me encantava e seduzia. Como se descreve uma mulher sem igual em tudo.

No carro, ela me indaga se gostaria de ir para um hotel fazenda então disse que se tivesse um mínimo de infra-estrutura toparia sim, com que ela concordou também falando que gostaria de conhecer e passar uns dias na serra das Palmeiras Imperiais e sendo um pedido do meu amor resolvi encarar esta cruzada.

Maria deixava a sua cabeça recostar-se em meu ombro direito e nós dois ficamos jurando amor eterno, enquanto isso acontecia deixava a minha mão encostar-se à textura da sua pele aveludada.

No novo trajeto que seguíamos não tínhamos o asfalto como piso da estrada e sim uma terra já batida por causa das chuvas ocorridas aqui há pouco tempo. A beleza natural do lugar, com as cachoeiras que eram avistadas pela janela do carro, as árvores frondosas que ajudavam a compor aquele maravilhoso cenário que nos envolvia docemente pelo seu romantismo.

Parecia que estávamos chegando no paraíso. Dava para se ver a sede da estância. Lá possuía uma grande variedade de flores e a orquídea ocupava o maior volume no jardim.

Estávamos na recepção da pousada, fazendo o nosso cadastro e aprendendo um pouco daquele doce lugar. A jovem Ariane nos mostrava um pouco da estrutura da pousada. A linda menina tinha um belo sorriso e esbanjava alegria e uma espontaneidade que era coisa sua. Nos disse do parque aquático, da área de esportes, do pomar, do bosque, das cachoeiras e até mesmo da área de nudismo reservado para maiores de vinte uns anos.

A cada hítem abordado por Ariane ficávamos cada vez mais empolgados com o lugar nem mesmo sem conhece-los só pela explicação da guria. Resolvemos dar uma volta para ver um pouco daquele mundo encantado.

As piscinas foram as primeiras coisas a serem visitadas por nós. Ficamos bobos de ver a organização da estância e não esperávamos tanta coisa como estávamos vendo. Possuía também até uma piscina de ondas lá dentro.

Todo clima daquele pequeno universo mexia com a gente Depois de um passeio preferimos voltar à sede para podermos ir para nosso quarto, pois estávamos cansados por tudo que foi feito na semana e naquele dia.

Nosso quarto era bem arejado, tinha de tudo para que pudéssemos esquecer de qualquer problema existente, as suas paredes levavam um acabamento diferenciado e com cores afrodisíacas nos faziam sonhar acordado. A imensa cama redonda no centro com o teto espelhado era um dos destaques das acomodações, poderia falar também dos grandes almofadões estampados espalhados pelo chão em cima de um tapete na cor verde musgo era um detalhe a parte. O banheiro também muito bem transado com uma banheira de hidromassagem tornava divino aquele cantinho que naqueles dias seria só nosso.

O cansaço aquele dia falou mais alto, depois de um delicioso banho não agüentamos fazer mais nada e dormimos abraçados por toda noite.

Nosso acordar se deu por volta das onze horas e parecia que não dormimos, pois nossos corpos estavam quase como deitamos.

Um doce sorriso foi a primeira coisa que meus olhos viram naquela manhã. Sob aquele lençol áureo vários carinhos foram feitos por nós dois. Estes carinhos deslizavam mansamente percorrendo todas as partes do corpo para que possa viver aquele momento mágico do amor. Este é o instante maior para quem se ama de verdade e onde tudo pode acontecer e...

Nós aproveitamos daquele lugar divino o máximo e tivemos ótimos momentos vividos ali, mas já estava na hora da partida por mundos ainda virgens para nós.

Demos um abraço em todos da estância que nos dedicaram uma atenção maior quando estivermos lá e acrescentamos que a volta naquele paraíso já estava certa em nossas cabeças só era uma questão de tempo.

Logo que saímos da pousada falei com a Maria da vontade de visitar o meu irmão Paulo que mora no Rio de Janeiro e que já tinha um bom tempo que não o via e que sempre me cobrava uma visita. Só que este dia estava sem minha eterna agenda de endereços então tive pedi para o pai tal endereço. Tendo o endereço em mãos disquei para ele e perguntei a possibilidade de irmos para lá. Sentindo uma tristeza muito grande em suas palavras quando me falou que estaria viajando pela firma. A sua agonia de não poder nos receber bateu forte, pois éramos como unha e carne quando mais novos.

Comentei com ele que a visita ficaria adiada e que não era para ficar chateado com a situação, pois são coisas do destino.

Maria então sugere para irmos para Cabo Frio pro hotel Varanda que se situa na praia do forte e que é de frente para o mar. Lá se tem uma belíssima vista de Cabo Frio e como tinha muito tempo que não ia para aquelas bandas de lá, abracei a sugestão.

Toda região de Cabo Frio é muito bonita. Rumamos para lá depois de fazer uma pequena mudança no nosso trajeto. No decorrer da viagem pingos de chuvas já se encostavam ao Tucano era aquela chuva tipo chata que não faz estrago, mas incomoda. Aos pouco a garoa vai se tornando mais densa quanto mais perto estamos do nosso destino final.

No carro já sintonizado com as estações de rádio de Cabo Frio podíamos ouvir o locutor dizer que era a chuva mais forte que acontecia ali e ele não se lembrava de nada parecido. Em outra estação o pessoal do serviço metereológico estava sendo entrevistado fala que a chuva não tinha só era passageiro e que ia logo embora. Diante deste parecer mais técnico seguimos em frente.

A chuva era intensa quando parei o Tucano na porta do hotel. Não nos animava a descer do carro naquela hora achando mais prudente esperar um pouco aquela tempestade. Quando a chuva deu uma diminuída entramos no hotel e ficamos ensopados de tanta água e o pedaço a ser percorrido foi pequeno. No saguão do hotel já depois de termos feito a ficha de hóspedes, pedimos a copa para mandar canja de galinha para duas pessoas para o nosso quarto. Tomamos um banho hiper quente enquanto esperávamos a nossa canja. A canja escorregava quente, mas era deliciosa se sentir quente por dentro naquela hora.

Após aqueles pratos já na cama, ficamos pensando de tudo um pouco em nossas vidas, juntos ou separados. Quando separados éramos tão frágeis como a própria vida, pois tínhamos valores estruturais muito fortes dentro de nós e com passar do tempo tínhamos de fazer mudanças em nossos pensamentos para se ajustar à realidade em que vivemos se não seríamos estraçalhados por ela.

Estes pensamentos são os mesmos de tempos atrás, mas teriam de serem reciclados para se ajustarem às idéias de hoje em dia.

Aquele tempo deitado sobre a cama fez com que ela ficasse mais gostosa para se amar e o amor se fez, e com esta busca infinda e divina de nossos corpos o sono chegou bem suave mais foi fatal.

Envolvidos ainda pelo lençol da cama resolvemos zarpar para a casa do Thiago irmão de Maria que mora no bairro do Limão em São Paulo, pois a chuva que caía em Cabo Frio parecia que tinha cindo para ficar. Por telefone entrei em contato com o Thiago. Quando ele respondeu que seria ótimo a nossa ida para lá. Pegamos o Tucano na garagem do hotel onde percebi que existia alguma coisa errada no carro e por não entender nada de mecânica pedi auxílio ao gerente do hotel e o sr Pablo Ernandez nos indicou o sr Rodrigo que prestava serviço de mecânico nos hóspedes do hotel quando era preciso e disse ainda o sr Pablo que se tratava de uma pessoa mais velha e competente.

Com pouco tempo o sr Rodrigo aparece no hotel e desceu para a garagem para examinar o Tucano, depois de pouco tempo vendo o amigo falou que era coisa bem simples de arrumar e em pouco tempo o fez e o deixou novinho de novo. Aquilo para mim foi um alívio. Fiz o pagamento d serviço para o sr Rodrigo e partimos rumos a capital paulista.

O sol brilhava mais do que nunca em São Paulo. Estacionando o carro sob o arranha céu, prédio que reside Thiago e já era mais das dezoito horas. Logo que atendeu a porta a encantadora Vitória sua esposa fala que estavam preocupados pela nossa demora e explicando toda a situação aquele lugar virou uma alegria só.

Thiago é gerente administrativo de uma empresa que presta serviço de locação e vendas de materiais para construção civil e que já está neste ramo há um bom tempo.

Durante os dias a menina Vitória nos levava para ver São Paulo e de noite havia um revezamento e Thiago tomava conta do recado e era cada passeio diversificado e cada um melhor que o outro. A cada dia era uma novidade nova com os dois.

O que é bom dura pouco e este ditado é muito verdade, pois estava na hora de recolhermos nossas bagagens e voltar para este mundo de labuta que a cada dia nos suga mais e onde temos menos tempo para tudo a não ser o duro trabalho. Sem o direito de sonhar e viver com as belas coisas que a vida nos mostra a cada instante.

Escritordsonhos
Enviado por Escritordsonhos em 09/04/2009
Código do texto: T1531157
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