RODINHA FRUTÍFERA
(Bem, a minha salada de frutas parece que deixou água na boca... Vá lá de cirandar?...Bora lá!)
TERA, que quis brincar de Carmen Miranda, e de fruta se enfeitar...
Fiz uma salada de fruta
Brincando com o's e a's
Mas a cesta é farta e lauta
Moços, moças, cheguem cá!
MERIAM LAZARO, a menina dos olhos que voam, quis logo dançar:
Não coma as frutas sozinha,
Nos convide para a dança,
Trago doces framboesas,
Manga, acerola e pitanga.
VÂNIA STAGGEMEIER, a dama mística, colheu flores nas ondas do mar:
Cheguei pra com vocês comemorar,
Trago flores
De todas as cores,
Vamos juntas esta festa encantar!
CELINA FIGUEIREDO, a nossa doce e inspirada Vó-Bisa, veio a brincar:
Já cheguei com as pitangas
Colhidas no meu ranchinho,
Junto delas trago mangas,
Presente do meu vizinho.
A verdade, digo agora,
Não existe o meu ranchinho,
Mas as frutas, ora, ora...
Eu roubei no meu vizinho!
MILLA PEREIRA, a deusa da manhã, trouxe vontade no versejar:
Vim com vontade de manga,
De morango e cajá,
De colher belas pitangas,
Maçã e maracujá.
CLARALUNA chegou, carregadinha de fruta prontinha a saborear:
No meu cesto tem pitangas,
Acerolas, açaí,
Abacate, também mangas,
Bananas e abacaxis.
Capuaçus e mangabas,
Um doce de buriti,
Carambolas e goiabas,
Pra ninguém sair daqui.
Tomara que esta ciranda
Que o oceano atravessa,
Seja cantada em Luanda,
Que as frutas de lá têm pressa!
HLUNA, encantou-me com mistérios de frutos, que eu quero provar!
Vim trazendo pra você
Ror de frutas de Nordeste,
Frutas boas, como quê,
Sabor sim, um tanto agreste!
Tem caqui, tem murici,
Tem umbu e tem cajú,
Graviola e seriguela.
Se você provar alguma
Bem depressa se acostuma
E não passa mais se elas!
ROSEMERI TUNALA, a menina-flor, enfeitou de amor o seu versejar:
Já percebo frutos de todos os lados
Desse país continental chamado Brasil
Para essa ciranda cheia de encantos,
Mas senti falta de um suculento abil!
Nossa poesia derruba tantas barreiras
Nessa ciranda que leva frutos além-mar,
Frutos de inspiração sem fronteiras
Que nos sacia e nos leva a compartilhar.
EDSON GONÇALVES FERREIRA, dá uma pincelada de mestre, a cantar:
Por causa de uma cesta de caquis
Escrevi um livro lindo,
Pensando em vocês aqui
Canto, agora, que nem bem-te-vi.
SONIA ORTEGA, a menina doce como pêssego, trouxe delícia no olhar:
(Soninha, compus em trovinha, não fica zangada comigo?!...)
Quero cair na boca dessa ciranda,
Grávida não pode passar sem conchegos,
Volto logo, vou na quitanga do Tanak San
Comprar flores, peras, melancias e pêssegos.
Um amor-perfeito
Para enfeitar os cabelos de Tera.
(Àparte da -Eu acho que fica melhor
Tera) No altar da sua espera...
Levo tudo na cestinha
Preparada com carinho,
A pêra japonesa
E, da lenda, o pêssego-menino.
Da melancia fiz suco
Para brindarmos à Vida
E pra refrescar esta ciranda,
De pétalas eu fiz chuvinha!
IRLENE CHAGAS trouxe uma trova amorosa e não deixou de entrar:
Eu gosto de todas as frutas,
Principalmente a do amor,
És, das uvas, a mais saliente,
Que dá todo o seu sabor!
(Desculpem, isto merecia um palco mais colorido, mas... vale a imaginação e, principalmente, o vosso carinho!!...)