Uma moda de roda.
Ouço uma toada gostosa
Cantiga nordestina na voz melosa.
Caatinga e sertão
Pés e mãos,
Viola a alegrar os corações
Da moçada alvoroçada,
Pedindo um batuque na alma.
Estimulado estou a entrar em uma ciranda
E perde-me de tanto dançar ao embalo de
Uma sanfona com a batida de uma tambora.
Vê se combina sanfona com tambora é
Algo inusitado, mas desse entrelaçar surge
O inesperado surge o pião encantado com
Saltos e rodopios de pura felicidade.
É o que está preste a acontecer
Nesta madrugada enfeitiçada.
A lua é soberana e governa os caminhos
E ímpetos de corações desvairados
A percorrer caminhos e ruelas noturnas
a procura de uma alma gêmea.
Chorando baixinho Abel,
o vampiro da meia noite está a espreita
de um sangue com gosto de mato de sertão
a percorrer suas veias e pulmões.
Instantes esse de pura felicidade e expectativa,
saliva viscosa a percorrer um dos cantos da boca
daquele que te deseja.