Continuação da ciranda MORTE- Parte II



14-MORTE!
Vera Hernandez
 
Maldita és tu, MORTE...
Só sabes levar pessoas
que amamos
ou que no seu convivio passamos
a amá-las.
Sai de perto de mim, maldita...
Eu te odeio...
Quero saber:
POR QUÊ?
Quanta dor...
Quantas famílias sofrendo...
Missão triste a tua, MORTE!
Por que não procuras
algo melhor pra fazer?
Por que não tentas ajudar
a dar um pouco mais de vida?
Por que não ajudas
um pouco nem que seja?
Não tira das pessoas
seus entes queridos.
Só vejo e escuto choro...
Prantos convulsivos...
Pessoas desesperadas por suas perdas....
Sai daqui, MORTE!
Toma outro rumo...
Vai em busca do que fazer...
Deixa o mundo quieto...
As pessoas tranquilas...
Pára agora, MORTE!
Aprende a salvar...
Faz algo de bom...
Que os espíritos iluminados
te façam ver
os danos que causas.
VIDA! SEM MORTE!
Esse meu protesto...
Será sempre...
Minha loucura!
 
Vera Hernandez
 
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15-MORTE ESPERADA
Ervin Rijo de Figueiredo
 
 
Ah, Que tipo de morte devo eu esperar,
Quero morrer dormindo ou morrer de acidente ?
Se morrer não é nada: é somente acordar,
Façam festa e não velório, todo mundo contente!
 
Meus pecados talvez eu os deixe aqui,
Afinal n'outro plano me apresento limpinho:
Vocês ficam com as faltas do que fiz por aí,
E me apresento aos santos como sendo anjinho.
 
Levarei no meu peito os amores que tenho
E as tristezas da vida sepultarei também.
As vitórias que tive e todo meu empenho,
Levarei nos meus bolsos junto com meu bem.
 
Não quero me apresentar como se fosse indigente
Que veio de mundo medíocre cheio de depressão.
Estarei de cabeça em pé e olhando por cima
 
Esteja quem estiver ao meu lado ou na frente.
Só desejo que ouçam cheios de atenção
Quando falar para uns poucos, parecendo demente.
 
A morte não...avisa
 
*
 
16-Ciranda Morte
MRegina MRibeiro
SPaulo, 3 de novembro de 2008
 
A morte não escolhe ou avisa.
Ela invade e surpreende.
E dificilmente sussurra, grita.
Levou de sopetão o meu filho,
e com longo aviso, meu pai.
E de sopetão, levou minha mãe.
Depois disso, dela não tenho receio,
vivo intensamente
cada dia por inteiro.
E quando eu me for, não chorem,
sorriam e digam:
Ela morreu feliz,
sempre fez o que quis
e o que não fez
é porque não quis.
 
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17-Morte de um coração
Regina Guarnieri
 
Morte, morte em vida
de um coração que chora.
Não há dor maior, não há perda maior,
que a de um coração que busca alguém que é sabido,
nunca retornará ao seu convívio.
Saudade, lágrimas que não cessam,
pois um coração apaixonado,
de um amor não correspondido,
é um coração ferido...
que um pouquinho a cada dia...
Definha, agoniza,
e um dia...desiste e morre.
 
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18-Morte
 
 
É a ausência de vida
Assim como o desprezo
É a morte do amor
A dor
É a ausência da esperança
A solidão
É a morte da vontade
E a tristeza
A ausência dos sonhos
É incorruptível, devemos entendê-la
Se esconde na escuridão
Por não suportar a beleza da luz
Arrasta-se, por não poder se livrar
da obrigação que carrega
Não é fraca
Mas permite que se lute contra ela
É o dever que não se consegue fazer na escola
E temos que voltar para casa
Para que o Pai nos explique
Pois só ele sabe a resposta.
 
Roze Alves - Amanhecer-M
04/11/2008
 
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19-MORTE
 
A pior morte
Não é a do corpo
Mas sim aquela
Em que vamos morrendo
Aos poucos...
Quando permitimos
Que matem nossos sonhos...
Destruam nossa fé...
Tirem nosso poder de decisão...
Acabem com a nossa confiança...
Podam nossa liberdade...
Tirando nosso direito de ser feliz.
Só porque amamos...
Respeitamos...
E fazemos o que achamos certo...
Fazer o certo
Não significa
Que devemos morrer,
Mas sim
Encontrar a paz
E ser feliz...
 
Hebe.
06/11/2008
 
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20-«O viver ...e a morte!»
 
Viver! Como é diverso no sentido,
esta palavra de incerto alcance.
Viver! O que é viver? É um romance,
uma palavra, um sonho, um bem perdido?
 
Pode ser ambição, dever cumprido,
maldade, egoísmo, ou dor que não descanse.
Viver! O que é viver? Há quem avance:
que pode ser até não ter vivido...
 
A morte é apenas uma passagem,
desta vida para uma outra margem
do caudal dum rio impreciso...
 
Porque afinal, senhores, o que é a morte?
Digamos ser apenas «passaporte»,
que permitirá entrar no «Paraíso»...
 
António Boavida Pinheiro
 
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21-MORTE 
Angela Conde 
 
Esta é a única certeza que temos:
Um dia a vida finda.
Mas durante toda ela,
morremos um pouco a cada dia...
Quando deixamos nos levar
pelo Ter, nos esquecendo do Ser;
Quando não alimentamos nosso irmão,
não o vestimos,
não saciamos sua sede,
não o visitamos no asilo
e na prisão.
Felizes dos que cumprem bem
a sua humana missão;
Daí a morte será
a sua eterna libertação!
 
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22-MORTE
Angeluar
(Recanto das Letras)
 
Morte mágico momento.
Onde quer que estejamos.
Retirados somos da cartola da existência.
Terra, gentil recebe aquilo que.
Em vão tentou ser eterno.
 
Em 16-11-08


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