Emerdência sanitária...?
O Masahiro, melhor chamado Massa, já perdera um tempo enorme com o atraso de seu voo em Floripa e, até pressentia, para a maldição dos pecados, perder a conexão para Belo Horizonte em Viracopos. Mas manteve acesa a estóica esperança, fruto de uma ancestral cultura oriental.
O voo acabou saindo após aquela interminável onda de apreensão, e o Massa voltou a flanar em estado de graça. O que não contava, contudo, e nem sei se contou tudo, é que no traslado em Campinas, para o qual o tempo encurtara dramaticamente, ia ter de dar uma passada no banheiro. E de intestino sensível como era, ia precisar de uma boa concentração para uma obra concreta, ainda que condensada.
Sua primeira investida fê-lo gelar: todos os banheiros ocupados. Psicólica coletiva...? Todavia, uma brilhante saída foi logo vislumbrada: o banheiro para deficientes, tão ali, ao seu alcance imediato...
Obra completa, loiçame chapiscado, o Massa pode respirar... mal pode, é verdade factual e olfativa. Cumpria acionar a descarga, antes de uma eventual asfixia, e apressar o passo para o embarque... só que o único botão visível e alcançável, rubramente lindo, ao invés de trazer o bendito jorro que tudo lava, eleva e consola ... disparou foi um alarido ensurdecedor de uma sirene de emergência...ou emerdência...
E antes que alguma boa alma o socorresse ou a cousa mais fedesse, Massa, lívido, deu no pé ...mancando com as duas pernas...